Sonho todos os dias com o Dagoberto. Chego até a suspirar em meus sonhos. Calma meus amigos, isso não é uma declaração de amor homossexual (risos), é sim, uma declaração de amor ao Clube Atlético Paranaense (risos).

Nesses sonhos, vejo o Dagoberto correndo em diagonal, driblando um, dois, três, entrando na área e lá dentro, com o gol escancarado, com o becão desesperado, pronto para dar o bote, ameaça e antes que ele dê o bote, o Dagoberto cai na área, faz aquela “esparrela”, rola no campo, e o juiz manda-o levantar-se e lhe aplica um vistoso cartão amarelo.

Noutras vezes, noutros sonhos, vejo-o invandindo a área, também em diagonal e de “canhota ou de direita” arremata e Uuuuuuhhhhhhhhh! a bola quase entra, ou quase atinge o pobre torcedor que fica na lateral direita, na curva do setor da Getúlio Vargas. Quando não cai, arremata mal. Em todos esses sonhos ou pesadelos, acordo, assustado, o coração batendo a mil, suando, mas logo me acalmo. Volto a dormir tranqüilo, pois ele está vestindo a camisa branca, preta e vermelha, as cores “daquele” time dos bambis. E olha, como aquela camisa cairia bem no Dagoberto.

Após esses pesadelos – agora decido que são pesadelos mesmo -, volto a dormir e começo a sonhar, aí é sonho mesmo. Sonho com um menino correndo como um “serelepe” pelo campo, sonho com esse misto de Dagoberto (o dos bons tempos, dos tempos em que ele tinha um cabelo normal, sem frescuras, e ainda nem tinha aprendido a andar naquele trem, nesse “tar” de jet ski, do tempo em que ele falava porrrrrrrrta com o “r” bem aberto) que jogava muita bola, e com uma outra parte, a parte boa do Adriano Gabiru, do tempo em que ele “manerava”, o “mé” ainda estava devagar, do tempo em que o Adriano infernizava e botava pesadelos nos “ervilhas.”

Mas que diabos é esse menino, que proponho ser um misto de Dagoberto (bons tempos) e Adriano Gabiru (bons tempos)?

Ora, estou falando desse menino Marcos Aurélio, que o Mafuz classificou, tão injustamente e preconceituosamente de Jeca Tatu. Já vi artigos infelizes do Mafuz em sua coluna diária do Jornal Tribuna do Paraná, mas aquele superou-se. Essa insinuação do “Jeca Tatu” foi a máxima expressão de uma elite branca e sulista, preconceituosa, contra aqueles que possam lembrar-nos “pelo seu jeito simples”, da figura tão carismática, carinhosa e querida como é a do Jeca Tatu, tão brilhantemente criada por Monteiro Lobato, retratando a alma do caipira, a alma verdadeira do povo brasileiro que ficou no interiorrrrrr.

Quando vi esse menino Marcos Aurélio estrear, jogando apenas 15 minutos se não me engano, vi nele, muitas qualidades. Falei a respeito disso com outros amigos do nosso Furacao.com, e espero que não tenha me enganado a respeito dessa jóia rara.

Talvez um bom trabalho de musculatura, como o que foi feito com o Ronaldinho Gaúcho, possa ajudá-lo, mas confesso, mesmo sendo baixinho, ele vai incomodar muita gente, e vai nos deixar muito felizes vendo o Dagobnubilado vestindo a camisa dos bambis (Ah! Se vai!).

Com todo o respeito ao Dagoberto, mas acho que ele deve se agarrar a qualquer coisa que possa ajudá-lo a sair dessa encrenca que os Malas, Ratinhos & Cia. o colocaram.

Espero, sinceramente, que o Marcos Aurélio mantenha-se firme, humilde, espero que não fique “mascarado”, porque isso é uma praga que infesta o universo dos “boleiros.” A coisa é simples. Basta agarrar as oportunidades que o mundo lhe dá, fazer o máximo para desvencilhar-se das coisas próprias que forem ruins, e fazer de tudo para reter e melhorar o que há de bom dentro de si. Treinar muito, treinar a parte física, treinar muito com bola, tratá-la com carinho, com intimidade, e principalmente, ficar longe da “cachaça” e de outras drogas lícitas e ilícitas que possam alterar o humor.

O Clube Atlético Paranaense é um grande clube. Qualquer jogador que faça parte desse time, deveria sentir muito orgulho em estar nessa grandiosa equipe, seja em campo ou no banco de reservas. Ah! e principalmente, mantenha-se longe, evite qualquer contato com uma empresa chamada Massa Sports, comandada por Malas, Ratinhos e outras impurezas externas vindas do Alto da Glória e de Agudos do Sul, impurezas negativamente astrais. Sucesso para você, Marcos Aurélio.

Quanto ao nosso time, gostaria de redimir-me com o jovem Cristian. Que jogador extraordinário, muito bom, um jogador extremamente moderno. O Alan Bahia está se soltando e tendo mais confiança. Não só eles, mas todo o nosso time está de parabéns. Parece que o espírito do velho time guerreiro do Furacão, retorna ao ninho da Buenos Aires, mesmo que os pinheiros já não estejam mais ali. Ele deve estar se reacostumando com a nova paisagem moderna da Kyocera Arena. Que bom, novos tempos! Poderemos perder, mas nunca sem luta, sem garra, como foi a derrota da seleção brasileira contra a França. Um bando de “bambis” estava nos representando na Alemanha.