Para Vadão, time teve a "cara do Atlético"
O técnico Vadão comentou a goleada do Atlético sobre o Nacional por 4 a 1 na noite desta quarta-feira na Kyocera Arena. O resultado classificou o Furacão para a semifinal da Copa Sul-Americana 2006. Muito sereno, o treinador fez questão de destacar que o time ainda não está preparado para as fases seguintes e que as dificuldades aumentam a partir de agora. Humilde, ele elogiou o trabalho dos demais profissionais do clube, que às vezes são pouco lembrados pela grande mídia, como os médicos, nutricionistas e preparadores físicos.
De qualquer maneira, Oswaldo Alvarez gostou da atuação diante do Nacional. Ele lembrou que pegou uma equipe insegura e sem auto-estima. Uma das primeiras coisas que ele pediu aos jogadores em sua chegada foi que jogassem com muita raça, com a "cara do Atlético". Para Vadão, o jogo contra o Nacional foi uma excelente prova de que os atletas atingiram o que estava sendo pedido. Confira a entrevista coletiva:
EQUILÍBRIO
Além do bom futebol, tivemos determinação e um equilíbrio muito grande. Em alguns momentos até fomos provocados, mas soubemos suportar e isso foi muito importante.
CARA DO ATLÉTICO
Eu acho que essa garra estava dentro deles, faltava apenas despertar isso. Encontrei um grupo inseguro, com dificuldade para apresentar o melhor futebol. Aos poucos nós vamos crescendo. Quando eu cheguei, disse que nós tínhamos que jogar com a cara do Atlético. Hoje, até pela contagem, ficou claro que jogamos com a cara do Atlético.
AUTO-ESTIMA
O primeiro passo foi aumentar a auto-estima dos jogadores, em um momento difícil. Tínhamos de dar confiança, fizemos algumas mudanças na equipe, mas mantivemos uma equipe mesmo com algumas criticas. Quando você pega um grupo muito inseguro, esse time vai oscilar. Depois, o grupo foi crescendo.
NUTRIÇÃO
Temos de elogiar o trabalho do departamento medico, do trabalho físico e da nutrição. O trabalho da nutrição tem sido fundamental nesta maratona de jogos. Todo mundo está dando sua colaboração, isso é importante.
PACTO
Os jogadores fizeram um pacto de que vão até o fim, vão até onde agüentarem e vão se superar. Nós vamos orientando, mas temos de trocar quando não der. Para o jogo do Paraná, eu sei que todos vão querer jogar, mas nós vamos administrar. Hoje nós não temos condições de nos dar o luxo de poupar jogadores no Paraná. Só vamos poupar quando for necessário.
SEM ESPAÇO
Nosso lema foi não dar espaço ao adversário. Todos entenderam muito bem e em nenhum momento eles acharam que o jogo estava ganho. Isso foi fundamental hoje.
SEMIFINAL
Nós temos que tentar fazer o resultado em casa. São dois jogos. Independentemente do resultado, não vai acabar em um jogo só. Se a vantagem for boa ou não, a gente sabe que só irá terminar lá. Agora temos de esquecer da Sul-Americana porque temos um clássico, o Paraná está jogando muito bem, está descansado, mas nós precisamos do resultado.
PREPARAÇÃO
Cada etapa que a gente passa, a dificuldade aumenta. Não podemos achar que estamos preparados. Até agora, nos preparamos bem. Mas agora para semifinal, final e também no Brasileiro, temos de estar muito mais preparados que nós estamos agora.