Fatos e atitudes
É fato em qualquer estádio do mundo: a torcida é o reflexo do que o time faz em campo. E isso não é diferente dentro da Arena. É fato que o Atlético esteve muito aquém do que realmente é, apático e preguiçoso. Portanto, não é de se estranhar que grande parte dos torcedores estivessem apreensivos e abdicassem de torcer para lamentar e reclamar de erros primários cometidos, das bolas perdidas e da apatia que dominava o time. Todos o fazemos, pedimos raça, cobramos atenção, xingamos. O ideal seria incentivarmos em todos os momentos, independente do futebol apresentado. Mas todos sabemos que isto é improvável. De qualquer maneira, a apatia parcial do torcedor não justifica a ação da nossa torcida organizada em xingar todo o estádio como se eles fosses os donos da verdade. Pior ainda é protagonizar aquelas cenas de violência gratuita completamente abomináveis.
Ou entra na linha ou cai fora. Parece ser a tática adotada pela torcida organizada para todo o resto do estádio. Burramente adotada. Quem pensam que são? A polícia do Atlético? Não se pode mais pedir pra tal jogador sair e outro entrar? Não se pode mais criticar o esquema tático do treinador? Discordo completamente do pessoal gritar o nome do Dagoberto como se ele fosse a solução de todos os nossos problemas. Não é por isso que saio na porrada com todo mundo. Discordo dos meus amigos acharem que o Coxa é o melhor time do Paraná, mas não saio na porrada com eles também. Agora, fazer como fizeram integrantes da TOF, coagindo um torcedor, em bando persegui-lo e literalmente “moer o cara de porrada”, isso é inadmissível, independentemente do fato que os fez agir de tal maneira, que suponho que tenha sido mais uma reclamação corriqueira em relação ao time. Tal comportamento deve ser repreendido com veemência. A festa deixa de ficar bonita para ficar manchada por um grupo que se acha melhor que os outros só porque tem o Atlético tatuado no corpo, ou porque está em bando. É essa prepotência que desune a torcida, tem que ser repensada e combatida por todos.