Levir é ameaçado pela torcida do Atlético-MG
O grito ê, ê,ê, se não ganhar o clássico, a porrada vai comer deixou o técnico do Atlético Mineiro, Levir Culpi, revoltado. Se na segunda-feira, ele desceu de seu carro, na entrada da Cidade do Galo, para tirar satisfação com os integrantes da torcida organizada que promoveu o protesto, nesta terça o treinador, ainda nervoso, ele deu entrevista coletiva no CT e cobrou uma resposta das autoridades frente à ameaça.
O assunto já é policial. Eles devem ser responsabilizados criminalmente por isso. Ninguém tem o direito de ameaçar a integridade física de ninguém, disse Levir Culpi, que não deixou claro se vai denunciar os envolvidos. Qual autoridade um atleta, uma comissão técnica tem para tomar providências? Você tem a diretoria para conversar com o departamento jurídico do clube e a polícia. Nós precisamos respeitar a polícia desse país. Ou tomamos providências ou teremos uma guerra civil. O recado está dado. O protesto de segunda-feira da torcida na entrada do CT foi acompanhado por quatro viaturas policias.
O treinador reconheceu que o torcedor tem o direito de se manifestar, mas nunca agredindo ou fazendo ameaças: Ninguém tem o direito de se postar na frente de um carro, abrir um vidro e ofender moralmente, além de ameaçar a integridade física das pessoas. Quem concordar com isso está sendo conivente, disse, lembrado que os carros dos atletas foram cercados na entrada do CT pelos torcedores. Ao ter seu carro barrado, Levir desceu e não se intimidou: Queria saber quem era o responsável por aquela quadrilha.
Segundo o técnico, entre os integrantes da torcida organizada, estavam menores de idade: Eu vi muito meninos de 14, 15 anos. Queria fazer um alerta ao pais. Vejam aonde estão seus filhos, disse Levir perplexo com os últimos acontecimentos no futebol mundial: Tivemos episódios em Nova Lima, um policial morreu na Itália. Eu vi uma mulher tentando agredir um policial. Você chama de torcedor um cidadão que se comporta assim?.
O Alético-MG, dirigido por Levir, está na penúltima colocação do Campeonato Mineiro.
Saída conturbada
Durante sua última passagem pelo Furacão, em 2004, Levir Culpi foi vice-campeão brasileiro. Sua saída do clube, porém, foi tumultuada. O presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, afirma que Levir quis negociar uma renovação de contrato e salários futuros antes da partida contra o Grêmio, em Erechim. Esta partida foi fundamental para que o rubro-negro perdesse o título nacional. Vencia por 3 a 0, mas deixou o Grêmio empatar a partida. Com o resultado, o Santos encostou no Furacão e, mais tarde, passou à frente, sagrando-se campeão.
* Com informações do portal UAI