6 fev 2007 - 17h03

Petraglia foi recebido pelo governador Requião

O presidente do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia, foi recebido pelo governador Roberto Requião na manhã desta terça-feira no Palácio Iguaçu. A pauta da reunião foi a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e a importância para o Estado do Paraná em receber uma das sedes. O governador Roberto Requião ficou extremamente motivado com a possibilidade da realização do evento em nosso Estado e revelou que dará todo o apoio necessário para que isso aconteça. Após a reunião, Mario Celso Petraglia foi entrevistado para um programa da TV Educativa sobre os assuntos tratados na reunião. Também participou do programa o presidente do Paraná Esporte, Ricardo Gomyde. Confira a entrevista na íntegra:

Entrevistadora:
O Brasil, que vai sediar o Pan de 2007, também começa o movimento para se candidatar a receber a Copa do Mundo de 2014. Se a intenção se confirmar, o Paraná pretende ser uma das sedes da competição. E para falar mais sobre este assunto está em nossos estúdios o presidente do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia. Boa tarde para o senhor.

Mario Celso Petraglia:
Boa tarde, é um prazer enorme estar aqui.

Entrevistadora:
Podemos dizer que este movimento já está organizado ou não?

Mario Celso Petraglia:
Não, inicialmente é uma alegria muito grande comunicar-lhes em primeira mão que estivemos com o governador Roberto Requião, nesta manhã, e fomos pedir a ele que seja o líder deste movimento para que a Copa do Mundo em 2014 tenha uma das sedes aqui na nossa cidade, aqui no nosso Estado. Ele prontamente assumiu esse compromisso com todos os cidadãos paranaenses, com todos os curitibanos e com todos os desportistas. Ele se engajará e fará tudo para que o Paraná seja uma das sedes da Copa do Mundo.

Entrevistadora:
Embora, o governador Roberto Requião seja o grande líder, que esteja comandando, ele ainda vai conversar com outros times também aqui da capital?

Mario Celso Petraglia:
Necessariamente. É um movimento do Estado, em que todos os segmentos da sociedade (estarão envolvidos), a Paraná Esportes, os outros clubes, o prefeito municipal, a Câmara, a sociedade como um todo, a Assembléia, ou seja, todas as forças políticas e desportivas do Estado. Porque é um grande business, é um grande negócio a Copa do Mundo. Trará turismo, trará muitas riquezas para o nosso Estado, esse grande evento que é o maior evento da Terra, do Mundo.

Entrevistadora:
Por falar em evento apolítico, em que todos estarão envolvidos, tenho aqui um atleticano e agora vou apresentar um coxa-branca: o presidente da Paraná Esportes, Ricard Gomyde. Boa tarde para o senhor. Como é que o senhor avalia, então, essa possibilidade de o Paraná sediar jogos da Copa do Mundo e como está essa expectativa de trazer a Copa de 2014 para cá?

Ricardo Gomyde:
Será lamentável para o Estado do Paraná que o Brasil, sediando uma Copa do Mundo, nós deixássemos passar a perspectiva de trazer para cá, para o nosso Estado, uma das sedes da competição. Parabéns ao presidente do Atlético por estar liderando esta luta. O governador me ligou e pediu para que eu estivesse aqui justamente porque o governador Requião vai se dedicar de corpo e alma também para que o Paraná não deixe isso passar e para que o nosso Estado não seja prejudicado com a sede sendo levada para um outro Estado do sul do país. Imagine os investimentos substanciais que vão ser feitos na construção em modernização dos parques esportivos, todos os recursos que vão passar pelo Estado a partir do momento que a gente vá sediar o maior evento mundial. O maior evento do mundo é exatamente essa competição: a Copa do Mundo de 2014. O Paraná que já tem tradição esportiva, que já sediou jogos da Copa do Mundo de 1950 na Vila Capanema, tenho certeza absoluta que desta vez não vai deixar passar essa oportunidade de ter aqui uma das sedes da Copa de 2014.

Entrevistadora:
Se o Panamericano for bem sucedido, isso pode ser a confirmação da Copa do Mundo em 2014 para o Brasil?

Mario Celso Petraglia:
Sem dúvida, é uma demonstração da nossa capacidade de organização, de arregimentação, de liderança e temos certeza que o Pan será um grande evento, que o Brasil terá grande sucesso e o Rio de Janeiro, principalmente. Mas obviamente que com a ajuda do Governo Federal, ou seja, de toda a sociedade.

Entrevistadora:
Por falar em Governo Federal, o senhor (Ricardo Gomyde) tem uma boa relação com o ministro dos esportes, o senhor acredita que isso também seja fundamental para conseguirmos trazer para cá, para o Paraná, caso o Brasil seja sede desta Copa de 2014?

Ricardo Gomyde:
Naturalmente, todos os contatos que eu tenho, evidente que cada paranaense tem, vão ser exauridos neste sentido. Ainda mais agora com a determinação do Requião. Evidente que o Ministério dos Esportes pode nos ajudar muito, o presidente do Atlético já faz gestões há algum tempo objetivando a Copa do Mundo de 2014, tanto no Ministério dos Esportes quanto no BNDES, em várias instâncias. Então, acho que já temos um caminho que foi traçado. Então, a partir de agora é unir o Paraná mesmo, a sociedade civil, a OAB, jornalistas, enfim, fazer uma união do Paraná para que a gente não deixe passar esse mega evento mundial. Com relação ao Panamericano, evidentemente que nós também vamos criar um corpo técnico aqui no Paraná preparado para sediar grandes eventos. O comitê olímpico brasileiro já deixou que nós requisitássemos aqui no Paraná uma parcela dos técnicos que estarão executando o Paranamericano de 2007. Inclusive, o diretor do comitê olímpico brasileiro, que é responsável pela arregimentação, é aqui do Paraná. Evidente que o Pan será importante também para que a gente já treine pessoas que mais tarde possam nos ajudar na sediamento de uma das fases da Copa do Mundo, enfim, sediar a Copa do Mundo aqui no Estado do Paraná.

Entrevistadora:
Que estrutura o Paraná terá que ter, então, para sediar esses jogos?

Ricardo Gomyde:
A Copa do Mundo é um evento complexo, é o maior evento do mundo, é um evento que movimenta interesses mundiais. Grandes empresas do mundo patrocinam as seleções, patrocinam o futebol internacional. É um caminho todo que vai ter que ser traçado. Por isso que a preocupação acontece desde agora. O presidente do Atlético, que vive mais particularmente o business do esporte, pode nos explicar.

Entrevistadora:
Eu até quero fazer essa pergunta, porque o estádio da Arena é um dos mais capacitados na atualidade. Ele já está pronto para receber? Sabemos que ele vai passar ainda por uma fase de reforma?

Mario Celso Petraglia:
De complementação, não está pronto, absolutamente, mas o estádio é um complemento. O projeto, esse grande evento, depende de logística, fundamentalmente. Da área de turismo e envolvimento, segurança, parte de comunicação, porque é um evento visto por 3 a 4 bilhões de pessoas no mundo. Então, é um mega evento e depende dessa infra-estrutura, essa organização. Essa tecnologia, esse conhecimento, a FIFA já detém, porque a cada quatro anos nós temos um evento em um dos países filiados. Então, depende da sociedade se preparar para recebê-lo.

Entrevistadora:
Por falar nisso, os dois (Mario Celso Petraglia e Ricardo Gomyde) falaram que o Brasil já sediou uma Copa, em 1950, mas de lá para cá muita coisa mudou. O que é necessário então? É necessário um movimento de todo o Brasil, que se engaje todo o Brasil para trazer essa Copa para cá? O que precisa ser feito para o Brasil trazer a Copa?

Ricardo Gomyde:
Com relação à Copa de 2014, já há um entendimento de que deva acontecer no Brasil. Mas o ponto positivo nesta luta que o presidente do Atlético está puxando, que o governador está engajado é de que não só o presidente do Atlético, não só o governador, mas o Paraná como um todo perceba a oportunidade de negócio que o sediamento da Copa do Mundo abre, a quantidade de dinheiro que passa pelo Paraná se conseguirmos trazer esse mega evento mundial para o nosso Estado. Isso repercute nas mais variadas áreas. Aquele que, mesmo não gostando de futebol, pode ter sua vida melhorada a partir da atração deste evento. É um grande business, mais do que um evento esportivo. Então, em função disso, é que surge essa perspectiva, esse convite de unificar a sociedade paranaense, as câmaras municipais, a assembléia legislativa, os órgãos da sociedade civil para que o Paraná não perca esse grande evento.

Mario Celso Petraglia:
Complementando, porque o futebol brasileiro, ou seja, as praças, toda essa infra-estrutura foi construída na década de 60, basicamente. Há 50 anos. Então nós poderemos, deveremos e vamos utilizar o evento da Copa do Mundo para uma revitalização, uma modernização de todo o nosso parque, de toda a nossa infra-estrutura, de todo o futebol brasileiro. Então se usa também um evento deste para transformar.

Entrevistadora:
Para finalizar, qual será o próximo passo então na tentativa de trazer os jogos para cá?

Mario Celso Petraglia:
Bom, já estão definidas cinco, praticamente, sedes. Nós teremos 10 ou 12 no máximo, são poucas vagas que sobram. Então, o Paraná com a liderança do governador, vai articular um movimento com a participação dos principais executivos envolvidos no governo do Roberto Requião para movimentar estes interesses. Para que o Paraná não fique fora desta vez como tem ficado em outros eventos.



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