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9 fev 2007 - 18h29

1990, o ano da certeza

Continuando a emocionante narração do colega Sandro, lembro-me que de quinta até o domingo minha cabeça foi tomada por um só pensamento… será que o milagre se repete? No “Alto” de meus 10 anos de idade, nada mais tinha importância, a não ser a expectativa de sagrar-me campeão, principalmente tendo em vista que o time “deles” realmente era bem mais forte. Lembro-me de ter feito uma prévia em casa através do jogo de botão (o engraçado é que eu controlava os dois times) tendo a convicção de que o resultado daquele confronto se repetiria no domingo.

Chegado o grande dia, nos dirigimos ao Couto, eu e meu pai (aliás companheiros inseparáveis de todos os jogos), senti algo até hoje inesquecível, nunca tinha visto um estádio tão lotado, um calor insuportável, e o pior, os verdes estavam muito confiantes. Começa o jogo, e recordo-me que logo no começo o carrasco Dirceu, com um cruzamento do gênio Carlinhos fez 1×0. Minha vida tinha mudado naquele instante: “MEU DEUS O ATLÉTICO VAI SER CAMPEÃO…” e não é que eles nos jogaram um balde de água fria, o frustrado Pachequinho fez um gol extremamente discutível e o “rubro-negro” Berg empatou em uma falha incrível de Marola. Meus sonhos desabaram, a tristeza tomou conta de mim, pensava “ah não, como vou agüentar aqueles piás do prédio?” De repente, creio que aos 23 minutos do 2º tempo, Odemilson cobra um lateral em direção a área e o imponderável acontece. O grande Berg cabeceia para o próprio gol…não era possível! Mas foi a realidade.

Os vinte minutos finais foram um terror, o coxa pressionou. Um fato bastante curioso e inesquecível para mim foi um escanteio lá pelos 40 minutos do 2º tempo, onde o grande Gilberto Costa assumiu a cobrança, o engraçado foi que nenhum jogador do CAP foi até a área tentar o gol, e não é que o Doutor Gilberto dá um bicão em direção a nossa torcida, nos levando ao êxtase, pensei “orra, esse cara é um gênio, agora o gandula leva 5 minutos para arrumar outra bola.” Seguiram-se mais alguns minutos e o apito final tremulou. Que emoção! Com 10 anos de idade tive uma das mairoes felicidades de minha vida, e mais, com um gol ilógico, espírita, inexplicável, que me fez, logo criança, ter a maior certeza de minha vida, o CAP é o maior time do mundo!



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