A revolução
Há mais ou menos duas semanas me associei ao Atlético, comprando um pacote na Madre Maria superior, tendo a famosa paciência que todos queremos (como acabou de comentar o colunista Rogério Andrade). Com fé e esperança nesta temporada, dei mais uma chance ao meu time do coração e não dei ouvidos ao meu bolso.
Fui ao atletiba empolgado e saí do estádio sem raiva, sem emoção, sem nenhum tipo de sentimento que sempre tive quando se trata de atletiba. Já explico o porquê.
Vi o Atlético um pouco fora de ritmo, mas que deu um banho de bola neles, e digo um banho mesmo; os verdinhos não conseguiram nem ao menos encaixar uma jogada, estavam nervosos e desesperados com o volume de jogo do nosso furacão. Não me irritei com a torcida deles, não os vi correndo atrás da bola, catinbando, ou fazendo todos aqueles famosos “caquetes” que existem em clássico. O úinico problema é que nosso velho e conhecido rubro-negro adora complicar os jogos mais fáceis, e com uma grande besteira os deixamos empatar.
Saí do estádio dando risada; esse jogo não foi um atletiba, foi jogo como aqueles tropeços do Atlético quando estamos em boa fase, como uma derrota para o Figueirense em casa, ou um empate com a Ponte Preta, nada mais que isso. E o melhor de tudo, agora vem a melhor parte: nós mesmos que inconscientemente ajudamos a afundar ainda mais o coxa neste ano, pois com o empate, aquele time horroroso que vimos jogar no domingo simplesmente saiu com a ilusão de que nos seguraram e estão preparados para a segunda divisão.
Pois raciocinem, será que se acertássemos todas as bolas na trave pro fundo das redes e aplicássemos uma goleada histórica na coxarada, não acabaríamos por acarretar uma mobilização? Uma revolução? Como aconteceu conosco pouco mais de 10 anos atrás?
Pensem nisso! O empate, se interpretarmos a longo prazo, foi muito melhor, pois sabemos que manteremos nosso querido co-irmão onde ele merece. Lembrem, grandes irmãos atleticanos, manteremos o Gionédis lá para segurar e se preocupar com aquele inseto chamado coritiba,
pois nós, rubro-negros, temos aspirações muito mais importantes a realizar.