Deprimente. E de quem é a culpa?
A culpa é nossa. Por termos nos empolgado tanto com goleadas impostas a times extremamente fracos e sem expressão. Ou seja, o vulgo chutar cachorro morto é fácil”. Nos deslumbramos e já estávamos nos julgando campeões da COPA DO BRASIL. Que esse ano é o ano de vencer 1, 2 ou 3 títulos. Agora é hora de acordar.
A culpa também é do comandante Vadão, que sem dúvida, é uma figura querida na história do Atlético, é uma pessoa séria, honesta, mas (no meu modesto modo de enxergar) tem uma visão comprometida e limitada do time e do jogo. As substituições promovidas demonstram isso, é o tal seis por meia dúzia. Isso quando não tira do time alguém que todos concordam que estava bem e mete o Cristian.
Vadão leva tempo demais pra sacar jogadores que não estão bem em campo. Levou tempo demais pra entender – o que a torcida com muita antecedência e propriedade já enxergara – que Cristian não pode jogar ao lado de Ferreira. Precisou ser avisado pela diretoria que não contaria mais com os serviços de Marcelo Silva pra não escalá-lo mais (se a diretoria não quer renovar com o atleta, no mínimo é sinal que tecnicamente há coisa melhor). Insiste com o oscilante Jancarlos nos 90 minutos mesmo tendo à mão Nei, que no mínimo demonstra muita vontade. Insiste em colocar o decepcionante Michel, que só mostrou algum futebol ano passado, e que tem falhado freqüentemente na marcação, nos gols, nas investidas ao ataque, ou seja, tem sido nulo. Será que não há um jogador na mesma posição nas bases? Marcão também sabe jogar ali, mas a insistência beira a teimosia. Foi preciso botar todo o projeto Copa do Brasil (preparação especial, time B e tudo mais) em sério risco pra tirar o Michel. Não dava pra fazer isso antes de sermos humilhados por um time que mal subiu da 3ª divisão? A culpa não é do Michel, é de quem insiste em escalá-lo. Acho que o próprio Michel agradeceria, pois ele tem nos proporcionado amiúde momentos pra serem esquecidos.
A culpa também é dos jogadores, pois o técnico treina e define o time, mas quem executa são eles, os jogadores. Um plantel que dispõe da estrutura que o Atlético oferece e teve tratamento especial para disputar justamente tal torneio não tem o direito de tomar 2 gols em 15 minutos e não fazer NENHUM em 90 (nosso gol foi aos 47 min. do 2º). Vontade é o mínimo que se espera, vergonha na cara também. Vestir essa camisa e entrar em campo deve ser motivo de honra. Tomar 4 de um time que nem sequer conquistou o direito de jogar essa partida em campo… é brincadeira. Perder é parte do processo, mas tomar de 4 nessas circunstâncias, é ridículo e revoltante. Se o escrete tivesse respeitado seu adversário, sem essa história de vamos pra eliminar a partida de volta, venceria.
Pior que perder para o Vitória que mal subiu da série C, é saber que em seu comando estava o nosso apático e bem conhecido Givanildo. Isso é triste. O Vitória merece todo o respeito, e o respeito que devemos ao Vitória foi conquistado ontem, em campo, pois foi infinitamente mais time e deu uma aula de aplicação.
Acredito no Atlético, e estarei na Arena no jogo de volta, dia em que esse escrete terá a chance de se redimir da decepção causada a nós, atleticanos. A redenção só virá com a classificação. A torcida não merece o que nos proporcionaram no Barradão.
Pergunta: Muito se planejou e se esperou dessa Copa do Brasil… se não classificarmos, o que vai acontecer?