30 mar 2007 - 0h00

Vadão encara sua partida número 150 no Atlético

O jogo do próximo domingo, contra o Paranavaí, na Kyocera Arena, será especial para o técnico Oswaldo Alvarez. Será a partida de número 150 de Vadão no comando do Atlético . Ele é o treinador que mais comandou o Rubro-negro na chamada “Era Petraglia”, que começou em 1995. Entre idas e vindas, Vadão está em sua terceira passagem pelo clube – ele comandou o Rubro-negro entre 1999 e 2000, em 2003 e retornou ao Atlético no ano passado.

Oswaldo Fumeiro Alvarez nasceu em 21 de agosto de 1956 na cidade de Monte Azul Paulista (SP) e chegou em abril de 1999 no Atlético para definitivamente escrever seu nome na história do Furacão. Antes de treinar o Rubro-Negro pela primeira vez, Vadão passou por equipes como Mogi Mirim (onde foi o inventor do famoso “Carrossel Caipira” formado por Válber, Leto e Rivaldo), Araçatuba, XV de Piracicaba, Guarani e Matonense.

Na sua primeira passagem pelo Atlético, entre os anos de 1999 e 2000, Oswaldo Alvarez disputou 74 partidas, conseguindo 40 vitórias, 18 empates e 16 derrotas, tendo um aproveitamento de 54,05%. Em dezembro de 1999 Vadão chegou a sua primeira grande conquista pelo Furacão, sendo Campeão da Seletiva para a Taça Libertadores da América. Além disso, Vadão consagrou o famoso “quadrado mágico”, criado por Antônio Clemente, formado por Adriano, Lucas, Kleber e Kelly. Em 2000 ele conduziu o Atlético a uma bela campanha na Libertadores da América, sendo eliminado nas oitavas-de-final depois de passar da primeira fase invicto, com a melhor campanha da competição, e conquistou seu segundo título no Atlético, o de Campeão Paranaense, vencendo a final o Coritiba. Depois do destaque conquistado no Atlético Vadão seguiu para o Corinthians, depois treinou a Ponte Preta e o São Paulo.

Vadão chegou para comandar o Atlético pela segunda vez em fevereiro de 2003, substituindo o então treinador Heriberto da Cunha. Sua reestréia foi pela Copa do Brasil e novamente num empate por 2 a 2, com o Tuna Luso, fora de casa. Na época, o Furacão estava mal no Campeonato Estadual e o treinador chegou para “arrumar a casa” mas não obteve muito sucesso. Vadão comandou o time por exatos 170 dias, foram 30 partidas com 10 vitórias, 7 empates e 13 derrotas, tendo um aproveitamento 33,33%. Vadão tinha como seus principais jogadores em 2003, os veteranos Leomar e Capone, mas lançou no time principal jogadores como Jadson e Fernandinho hoje jogando no futebol da Ucrânia. Quando saiu, deixou o Atlético numa posição bastante delicada no Campeonato Brasileiro, registrando a máxima de não ter vencido nenhuma partida fora de casa até então na competição.

E quando ele voltou ao Atlético, em julho de 2006, encontrou o Atlético em situação bastante parecida. Preocupado com o fantasma do rebaixamento, o time vinha mal no Campeonato Brasileiro no comando de Givanildo de Oliveira. Antes de retornar para o Furacão pela terceira vez o treinador passou por clubes como a Ponte Preta, o Bahia e o Verdy Tokio, do Japão.

Oswaldo Alvarez chegou e a sua estréia foi diferente das anteriores, ganhando do Flamengo por 1 a 0, gol do colombiano Ferreira. Para encerrar bem o ano de 2006, o Atlético chegou nas semifinais da Copa Sul-Americana, perdendo a vaga nas finais da competição para os mexicanos do Pachuca e ainda conseguiu conquistar uma vaga para a Copa Sul-Americana de 2007, terminando o Brasileiro em 12º lugar.

No início de 2007, Vadão e a diretoria do Atlético resolveram alterar o planejamento dos anos anteriores e colocaram um time B para a disputa da primeira fase do Campeonato Estadual, dando oportunidade para o time principal se prepara para a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana. Dessa forma, muitos jogos do Paranaense foram disputados pelo time reserva, sob o comando do técnico Ivo Secchi. Os principais jogadores do elenco deste ano de 2007 são o zagueiro Marcão e o atacante Alex Mineiro.

Os números de Vadão

Nas suas três passagens pelo Furacão e prestes a completar 150 jogos no comando do time, Vadão tem mais a comemorar do que a lamentar. Até aqui, nos 149 jogos que comandou o Atlético, Oswaldo Alvarez soma 72 vitórias, 35 empates e 42 derrotas, tendo um aproveitamento de 56,15%.

Dentro da Kyocera Arena, Oswaldo Alvarez comandou o time Rubro-negro por 73 vezes. Nesses jogos o ataque atleticano fez 173 gols e a defesa sofreu 85 e seu aproveitamento foi de 65,75%, com 48 vitórias, 15 empates e 10 derrotas. Já quando joga fora de casa, o Atlético de Vadão tem retrospecto de 24 vitórias, 20 empates e 32 derrotas, mesmo assim o ataque fez mais gols que a defesa sofreu, foram 121 gols a favor e 116 contra.

O time que Vadão mais enfrentou dentro da Arena da Baixada foi o Atlético Mineiro – foram cinco jogos (duas vitórias, dois empates e uma derrota). Fora da Arena, o adversário que mais jogou contra Oswaldo Alvarez no comando do Furacão foi o Paraná Clube, também com cinco partidas, só que contra o rival paranaense Vadão acumula três vitórias, um empate e uma derrota.

A pior seqüência de resultados de Vadão no Atlético foi no ano passado, quando o time ficou oito partidas sem vencer, sendo seis derrotas e dois empates. Foi nessa seqüência de resultados negativos que o time foi desclassificado pelo Patchuca (MEX) das finais da Copa Sul-Americana. Já o maior número de vitórias seguidas de Oswaldo Alvarez à frente do time atleticano foi no início deste ano, quando o time considerado principal iniciou um planejamento especial para a disputa da Copa do Brasil e para as demais competições que enfrentará no decorrer da temporada. Foram seis vitórias seguidas contra Coxim-MS, Engenheiro Beltrão, Paraná Clube, FC Dallas, Iguaçu e Cianorte.

Títulos

1999 – Campeão do Torneio Seletivo para a Taça Libertadores da América
Em dezembro de 1999, o Atlético dava seu passo inicial para conquistar as Américas. O técnico Vadão levou o time à conquista do Torneio Seletivo no dia 21 de dezembro de 1999. Apesar da derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, no Estádio do Mineirão, o Rubro-negro ficou com o título, já que no jogo de ida, na Baixada, venceu por 3 a 0, com três gols do atacante Lucas.

2000 – Campeão Paranaense
O famoso “quadrado mágico”, formado por Adriano, Lucas, Kleber e Kelly fez a alegria dos milhares de torcedores que foram conferir a bela campanha atleticana, com 15 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota, obtendo um aproveitamento de 79%. O time terminou o campeonato com um saldo positivo de 31 gols, quando marcou 51 e sofreu 20.
O título do ano de 2000 (17º da história do Atlético na época) veio em dois Atletibas eletrizantes, com dois empates por 1 a 1 e como o Rubro-negro tinha vantagens por causa da excelente primeira fase do Estadual bastou o gol de empate do zagueiro Gustavo para a Arena da Baixada explodir em uma festa incrível, esse era o segundo título conquistado pelo técnico Oswaldo Alvarez no comando do Furacão.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…