Ladainha
Duro é aguentar toda a ladainha que com certeza irá acontecer. Vadão fica, é um treinador que tem a nossa confiança, blá blá blá, precisa de uma seqüência, blá blá blá.
Achei muito interessante a armação tática da equipe nesta partida com o fraco time do Fluminense. Fraco, mas com garra. Não deu na técnica, deu na raça. Parabéns para eles. Nem irei comentar sobre o árbitro. O lance do penal, na minha opinião foi claro. Mas na dele não. Fazer o que? Existem sujeitos mal intencionados mas as vezes é mera questão de interpretação. Então não vale a pena.
Gostaria apenas que o Vadão tentasse me explicar a sua intenção ao escalar o Netinho, sendo que temos o Oldoni, Ricardinho e o Dayro Moreno. O rapaz entrou numa fogueira desgraçada, e no ataque. Acho que se tivéssemos perdido por um 1×0 no Rio estaríamos classificados agora. Vadão apenas deixaria o efeito Baixada agir. Os gols sairiam naturalmente. Com 1 ou 44 jogadores a menos.
Tudo foi muito triste. Acho que desde a preleção. Quando os dois times estavam com 11 jogadores o Atlético já estava mal das pernas. Por que? Porque em casa, o Atlético não sabe segurar resultado, amarrar o jogo. O Atlético só funciona na base da avalanche, do ou vai ou racha. Fazer um time com uma vocação ofensiva tão grande se enfiar dentro da própria área e ser bombardeado até não querer mais é demais pra qualquer um.
Ao final do jogo, o Renato Gaúcho diz: “Pra mim, a melhor defesa é o ataque.” Pensei que o Vadão soubesse disso. Especialmente na Baixada. O Renato Gaúcho não é nenhum primor como técnico, mas ao observá-lo a beira do gramado fica fácil ver porque os jogadores correm e lutam tanto: vibração. Acho que estamos precisando de um técnico que vibre com o time que jogue junto. Não um que fique parado, matutando e, invariavelmente e sem importar as circunstâncias da partida, saque o Evandro para por o Cristian.
Vadão, acho que chegou a hora. Pede o boné, vai.