O barrismo terá fim
É sabido que o interior paulista é um celeiro de grandes jogadores que abastecem não só os times da capital paulista como muitos outros times brasileiros bem como os daqui. Como nos últimos tempos, tenho freqüentado muito a cidade de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) onde tenho negócios, comecei a conviver um pouco com a realidade local. Na semana passada, em retorno de Ribeirão, trafegava pela Rodovia Anhanguera em direção a São Paulo (diga-se de passagem, uma rodovia de primeríssimo mundo) procuva uma rádio para que eu pudesse ouvir um sonzinho que não fosse country (nada contra o gênero caipira chique que é apreciado por muitos), acabei caindo no AM do rádio em um programa esportivo de liderança de audiência local onde os comentaristas esportivos descascavam o pau nos times da cidade, Comercial e Botafogo, que esses estariam beirando o ridículo com tetos salariais de R$ 1.500,00. Entre todo o tempo do programa de rádio que ouvi na íntegra, críticas e mais críticas foram colocadas na mesa, uma verdadeira lavandeira de roupa suja, trazendo a tona a realidade futebolística local. Ora, uma das cidade de maior renda per capta do país, 800.000 habitantes sem contar as cidades próximas, com alto índice em qualidade de vida e de um futebol medíocre.
Mas o que me traz relatar tudo isso é que, durante a hora e meia que passei ouvindo todo aquele vucovuco dos maiores e mais renomados comentaristas da região ali degladiando-se contra as gestões administrativas dos clubes de lá, só se falava em uma matéria principal: “Cadê os parceiros que poderiam ceder jogadores a eles” e perguntavam-se, cadê o São Paulo e o Atlético Paranaense os 2 clubes hoje de maior potencial no nosso país? Cadê esses 2 parceiros que estão nos 4 cantos do Brasil? Por que não estão aqui? A resposta ninguém sabia, não compete a mim, mas a reverência ao Atlético me deixou orgulhoso, de saber que o clube tem simpatizantes ao modelo em um local que jamais imaginaria que tivesse.
Essa é a prova de que o Brasil todo terá que se render ao resultado, força nação rubro negra, que o que é nosso já está traçado e pelo jeito o fim do bairrismo terá cor e será Rubro-Negro!