Gostaria de escrever para o “Fala, atleticano” comentando sobre o time rubro-negro. Como não temos um time escreverei mais uma vez sobre a política atleticana. Este, aliás, é o ponto mais importante a ser discutido pela torcida no momento, pois aparentemente o futebol do Furacão está em segundo plano, tanto para os que comandam como para os que assistem.

Hoje, às 19 horas e trinta minutos o Atlético enfrenta o Cruzeiro. Sou sócio. Por isso irei ao estádio. Quer dizer, irei se, até lá, não surgir algo mais interessante para fazer, o que não é muito difícil, pois assistir esse time do CAParanaense é uma das coisas mais tediosas do mundo. Alguns vão dizer que não sou um verdadeiro atleticano e que não apóio o time, etc. Mas eu sei o que é ser um verdadeiro atleticano e é justamente por isso que não sinto vontade de ir à Kyocera Arena.

Diante de qualquer crítica à atual diretoria do Atlético logo surgem os que, como se esse fosse seu único argumento, interrogam: “mas você preferia ir ao Pinheirão do que à Kyocera Arena?”. Ora, pouco me importa onde eu ia assistir aos jogos. Eu queria era estar junto ao time, ser parte daquele que era um verdadeiro Furacão, fosse nas vitórias ou nas inúmeras derrotas. Tanto faz, para mim, ir ao Pinheirão, ao Couto, a alguma das vilas tricolores, à Kyocera Arena ou à Baixada, desde que sinta o meu amor correspondido e me divirta. Afinal, não é para isso que assistimos futebol? O que é melhor, a namorada que te ama ou a atriz e modelo que nem sabe que você existe? Alguns preferem sonhar com a Gisele Bundchen a se realizar com alguém de carne e osso.

Outra questão que não aceito é esse papo de que com o melhor estádio do Brasil e o melhor centro de treinamentos do país o Atlético será o maior time do mundo. Se o Furacão saiu na frente dos demais times brasileiros e construiu o seu estádio e o seu CT, não deveria aproveitar para crescer antes que os demais clubes se modernizem? Acredito que dentro de pouco tempo serão vários os clubes com bons centros de treinamento e excelentes estádios, principalmente em razão da Copa do Mundo a ser realizada no Brasil. Qual será a vantagem do Atlético, então? Os torcedores do CAParanaense vangloriam-se unicamente de sua estrutura. Se essa estrutura já não for mais exclusiva, do que se orgulhar? O Atlético, por força da diretoria, deixou de crescer até onde poderia quando tinha o apoio irrestrito de sua torcida. Conseguirá crescer daqui para frente, tendo se tornado um clube frio e burocrático?

Já foi o tempo desses que aí estão. Já é hora dessa trupe de marqueteiros e cientistas deixarem o Atlético para quem o ama. Mário Celso Petraglia não é o dono do clube, por isso não é o único capaz de presidi-lo. Se existir mobilização, nomes certamente surgirão.