Mudando de ramo
O tempo vai passando e as explicações não mudam. Nunca mudaram. Quando é que veio alguém ‘de lá de cúpula’ e disse: “O nosso time é bizonho e vamos em busca de jogadores para tentar contornar essa situação”. Não. Negativo. É muito mais simples explicar que o Atlético é o time no Brasil que mais investe em infra-estrutura e que dispomos de dezenas de jogadores (mais de 100). O fato é que, desses 100, não estamos conseguindo reunir três que sejam ao menos medianos.
A paciência esgotou.. Definitivamente.. Que dizer de TODOS eles? Só vou excluir o Ferreira, porque este ao menos busca o jogo. Não tem mais ninguém não.. A displicência tomou conta. Culpar o Delegado? Não.. Não mesmo. O homem esta fazendo o que é possível. Jamais esperei que ele fosse o novo Messias.
Muito embora tenhamos sofrido um gol aos 49′ do segundo tempo e ‘amargado’ um empate, o resultado foi ótimo. Sim, ótimo. Eu não lembro de um time tão ruím do Atlético nos últimos 10 anos. Tão preguiçoso e sem vontade. Tão limitado e tão sem-vergonha. O que fizemos? Vimos um Cruzeiro nada-maravilhoso colocar nosso time na roda, fazendo linha de passe dentro da nossa própria área. Demos sorte que o Maicosuel não tem uma pontaria afiada, definitivamente..
O Atlético tira qualquer um do sério. Estamos vivendo uma palhaçada. O que mais temos que esperar pra irem atrás de jogador de futebol, literalmente falando? Chega de palhaços em campo. Chega de explicações sem fundamentação alguma..
Tudo bem que o nosso ‘Mega’ (vou me referir ao nosso digníssimo presidente assim) girou os rumos do nosso clube em 180º. Invertemos os pólos. Passamos a ser alguma coisa. Temos estádio, temos estrutura e… ? E agora estamos caminhando novamente pro buraco! A nossa média de público é ridícula. O nosso ingresso é caríssimo. Ah! Mas calma lá! Temos o conforto da Kyocera Arena, que os outros não tem! É claro que temos.. Temos tudo. Uma loja lindíssima. Um centro de treinamentos maravilhoso. O estádio mais moderno da América Latina.
Poizé.. a única coisa que o Atlético não tem é time de futebol. Nem investimentos no setor. Ou seja, só me resta crer que estamos mudando o ramo de atividade. O fim social da empresa, não Atlético? Estaríamos partindo para o setor humorístico? O circo já está pronto. Basta informar a nós, tolos e apaixonados torcedores. Isso reduziria o stress emocional que o ‘clube de futebol’ anda causando.
Estão brincando conosco. Não acho que o Mega deveria deixar o clube por completo. Apenas creio que não mereçamos tudo isso. É sacanagem o que estamos vendo no dia-a-dia. Eu, como sócio, sou obrigado a aguentar um atendimento péssimo sempre que preciso de algo. Além disso, é irritante ver o tamanho da fila que só o nosso ‘clube de futebol’ possui em dias de jogos com 5mil pessoas. Por que sacanear o torcedor? Qual o objetivo de prejudicar o próprio adepto do clube, que contribui financeiramente com a instituição? Esse negócio de registro pra venda de meia-entrada já mostrou a flagrante intenção do clube em abolir esse tipo de bilhete. Não quer fazer, faz preço único. Mas sejamos honestos..
Só o nosso ‘clube de futebol’ não expõe às claras o dia-a-dia no Centro de Treinamentos. Não que eu seja a favor dessa mau-intencionada e parcial imprensa paranaense. Mas é irritante verificar que as imposições do nosso clube acabam deixando nós, torcedores, desinformados. É só um meio de comunicação: pelo site oficial. Ou seja, o Atlético manda e desmanda. Não existe outra opinião ou posicionamento. E acredite se quiser, não é, Atlético?
E o que legitima esse tipo de conduta, Atlético? Por que ela continua sendo adotada? É simples: o nosso ‘clube de futebol’ não é apenas uma diversão. É muito mais que isso. É amor. É boa parte do nosso dia-a-dia dedicada a isso. E tudo que não fazemos racionalmente é emocional. Ou seja, não vemos com os olhos, mas com o coração..
E assim, Atlético, meu amor, seguimos nossa vida.. Você aí, abusando da minha boa vontade. E eu aqui, investindo sempre em ti, sem saber o que você é. Será que ainda somos um clube de futebol?
“They say love, love is blind
And true love is hard to find (…)”