Desfalques, vaias, arbitragem e Petraglia
Hoje o Atlético deve jogar desfalcado. O medo é que a torcida tenha a infelicidade de vaiar a gurizada que deve jogar.
Pessoalmente, penso que a pressão deve estar nas alturas, pois até jogadores “rodados” estão temerosos de jogar na Arena. Mesmo que jogue mal, por que vaiar? O jogador de futebol, como qualquer outro profissional sabe quando vai mal, fica entristecido quando perde. Acho que essas vaias da torcida não levam a nada. Ou você acha que o time ou determinado jogador vai melhorar depois de ser vaiado? Efetivamente, as chances de uma revira-volta diminuem.
Pelo que andei lendo no “Fala, Atleticano”, as maiores críticas ao Petraglia são “a troca do nome do time”, a “situação do time na tabela” e que ele “se acha Deus”. Como bem disse o colega, essa “troca de nome” é apenas uma tacada de marketing, aproveitando que somos conhecidos pelas nossas campanhas na América Latina como “El Paranaense”. Na época das notícias em jornais e sites estrangeiros, que diziam bem a respeito do Clube Atlético Paranaense, ninguém reclamou. Lembro de todos os Atleticanos se sentirem orgulhosos. Por que ninguém reclamou da alteração do escudo do Clube na década passada? Por que ninguém reclamou do desuso da expressão “Estádio Joaquim Américo”, ou apenas “Baixada”, para “Arena da Baixada” e, posteriormente, “Kyocera Arena”? Deve ser porque o time estava ganhando! Aliás, quando o time está ganhando não se escuta críticas, ou, ao menos, elas são “adiadas”… Fácil torcer quando ganha, não?
A situação do time, pasmem, seria completamente outra não fossem os “erros” de arbitragem que assolam os jogos do Atlético. Segundo ouvi falar, foi anulado gol legítimo do Atlético contra o Vasco da Gama (-1 ponto, considerando que o Vasco iria empatar a partida ao final). Depois, o Cruzeiro cobrou o lateral que resultou no gol de empate no último jogo na Arena (-2 pontos, considerando a vitória), e o último jogo (-3 pontos, considerando não marcação de pênalti e expulsão do Tcheco, do Gavilan, e expulsão indevida do Claiton). Seriam mais seis pontos que nos levantariam na tabela e nos daria moral.
Quanto ao Petraglia se “achar Deus”, vejo, pelas entrevistas que ele concede, que o homem pensa grande. Por pensar grande, ele se torna grande. Por se tornar garnde, incomoda muita gente, que quer ser grande, mas pensa pequeno. Daí a impossibilidade de vir a ser um Petraglia da vida, ou outra pessoa que também é grande.
No final, se vocês conhecerem outro dirigente no Brasil, e no Mundo, que fez o que ele fez pelo Atlético – comparem aí Prof. Miranda, Gionédis e outras figuras de porte – vão sentir o baque.
Temo pelo Atlético depois da era Petraglia.