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5 ago 2007 - 22h29

O sapo e a panela

Depois de mais uma derrota atleticana, desta vez contra o fraco Sport de Recife, lembrei-me de uma interessante metáfora:

“Jogue um sapo em uma panela com água fervente, ele saltará para fora o mais rápido que puder. Jogue um sapo em uma panela com água fria e coloque-a sobre o fogo, o sapo irá cozinhar até a morte, sem esboçar reação”.

Imaginemos um atleticano que subitamente se deparasse com a seguinte situação: (a) elenco de baixa qualidade técnica; (b) preparo físico insatisfatório do grupo; (c) quase a totalidade dos jogadores não valoriza a camisa rubro-negra; (d) decorrido quase todo o primeiro turno do Brasileirão, o time ronda a zona do rebaixamento e não tem perspectiva de melhora; (e) o Atlético tem uma das piores médias de publico da série A; (f) em decorrência do item “e”, a mística e a força da Arena da Baixada se perderam; (g) relação entre diretoria e torcida há muito tempo desgastada com pequenas chances de um novo horizonte; (h) o grupo sofreu um duro golpe devido à perda de dois de seus principais jogadores, incluindo o centro-avante artilheiro líder em campo.

Qual seria a reação do desditoso atleticano que vislumbrasse tal panorama? A resposta é simples, o rubro-negro perceberia que “água está fervendo”!.

Atleticanos, nossa situação é mais crítica do que imaginamos, isso porque os oito fatores atípicos supracitados concatenaram-se lentamente até ser atingido o estado atual. Estamos vagarosamente sendo cozinhados rumo à Série B, e até o momento, não esboçamos qualquer reação convincente para sair desta panela.

Alguns fatos necessitam ser (ainda) mais evidenciados:

Desde 1995 não se via um time tecnicamente tão deficiente quanto o atual.

Quanta saudade de Riva de Carli e Antônio Carlos Gomes, dois profissionais que sabiam potencializar a estrutura do CT do Caju. O preparo o físico do plantel sob o comando dessa dupla era imbatível.

A torcida sente que o time não tem alma, os jogadores do elenco atual — com raras exceções — não têm qualquer ambição dentro do Atlético, sendo o clube uma mera vitrine, um simples estágio intermediário em suas carreiras no futebol.

A política de ingressos caros praticada pela diretoria trouxe “consumidores” para a Baixada. Consumidores são racionais e exigem que o “produto comprado” seja de ótima qualidade todas as vezes. O absurdo chegou a tal ponto, que na última quarta-feira, em vários momentos durante o jogo contra o Corinthians, a torcida paulista cantou mais forte na Baixada. Isso era inimaginável na Arena até pouco tempo atrás, já que no período 1999-2005 o Atlético sempre obteve médias de público comparáveis com times de torcida muito maior, como o próprio Corinthians, o São Paulo e o Internacional.

Que falta faz a todos nós o Joaquim Américo cheio de TORCEDORES, irracionais, apaixonados, que deixam que o Atlético tome conta das suas vidas e que apóiam o time na vitória e na derrota.

Apesar do exposto acima, sinceramente acredito que sairemos desse marasmo. Tenho plena certeza de que a diretoria está empenhada em melhorar o elenco e a comissão técnica. Confio muito no trabalho do Delegado Lopes, afinal, ele já levou um grupo desacreditado à final da Libertadores.

Entretanto, precisamos reagir rapidamente. Necessitamos da Arena lotada. A água está fervendo… Não somos os sapos mortos de Curitiba, nosso lugar não é o pântano verde da segunda divisão…

*Dedico este texto à Zé Guilherme Urban, meu grande irmão rubro-negro que esteve durante um ano e meio ao meu lado vivendo a paixão pelo Atlético aqui no Rio Grande do Sul. Hoje, o Zé já está em Curitiba novamente, e um dia, com a benção de Deus, eu também voltarei, e todo o Domingo estaremos na Baixada, tomando ceva e reafirmando a certeza de que o Furacão é o melhor do mundo.



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