Atlético na Teoria Geral do Direito e do Estado
Hans Kelsen em um de seus livros sobre a Teoria Geral do Direito e do Estado, propõe que existe um fator conflitante no estudo do Direito como ciência e sua relação com o Estado.
Ele discorre em silogismo, todas as formas de se entender o Estado e como ele se relaciona com o Direito.
Em determinado momento, questionando-se sobre “quem veio antes, o ovo ou a galinha” ou, mais precisamente, se o Estado é o criador do Direito ou o Direito é quem dá legitimidade ao Estado, ele conflita:
– O princípio fundamental da ciência (no caso o Direito), é a Verdade; e o ideal supremo do Estado, é a Justiça.
O Direito, como ciência, precisa buscar e teorisar a Verdade. Já o Estado, busca, através do Direito, a Justiça, ou seus interesses.
Mas como decidir racionalmente sobre valores opostos?
Eis a questão…
O Atlético é o Direito, a ciência. Tudo o que se deve teorisar, afirmar, executar, é em prol da Verdade, desde que essa Verdade seja exatamente o bem do Furacão. A despeito dos interesses de seus donos ou do Estado, nós, os que queremos a justiça, ou o bem do Atlético ao “nosso” modo.
Por esse prisma, só é possível concluir que nada além da união pode fazer com que saiamos do atual estado de caos em que estamos.
A Verdade maior, é o bem do Rubro-negro. A Justiça, passa a ser um interesse menor, diante da grandeza do Atlético.
Dar carinho ou querer machões é uma justiça nossa. O Atlético É. Nós estamos, passamos, mudamos. Fruto da paixão, crucificamos e exaltamos dirigentes, jogadores e a nós mesmos em questão de minutos. Somos volúveis.
Assim como nossa justiça.
Está mais do que na hora de nos unir com o que temos. Está mais do que na hora de buscarmos fortelecer e engrandecer a Verdade que nos une. O Direito que é nosso.
E no duelo de rubro-negros, que essa consciência tome conta da torcida para que comecemos nossa virada e o engrandecimento do Clube Atlético Paranaense como a maior e única Verdade que move essa torcida.