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17 ago 2007 - 10h46

Mulher de malandro – história e desabafo

Sou atleticano, morando em Foz do Iguaçu há mais de 20 anos, nascido em Curitiba onde desenvolvi o amor pelo Atletico e por quantas vezes frequentei a velha Baixada, perdendo ou ganhando, mas sei que naquela época nutríamos um amor sem explicações, mesmo diante de esquadrões fracos que quase nada nos traziam de resultados.

De lembranças, posso citar tres resultados que me ficam na cabeça: 1) CAP 4 x 3 Coritiba; CAP 4 X 1 Seleto ( campeao 1970 ) CAP 2 X 1 SPFC ( 1983 – o qual assisti no campo dos coxas ) e CAP 4 X 4 Colorado ( Ziguita e Baixada ).

Recordo de Gainete ( CFC 1 x 0 Gol de Aladim numa falha do goleiro ), Torino e outros tantos, que passaram pelo nosso time.

Tenho dois filhos, que embora nascidos no Paraná e apesar de minha insistência e sem pressão optaram por torcer por times de São Paulo. Pedro Henrique pelo Santos e Eduardo Luis pelo SPFC, aqui particularmente chateado.

Desde que as transmissões ao vivo pela TV em pacotes fechados aconteceram, tive a felicidade da conquista de 2001, do vice mal explicado em 2004 e nos outros anos, apenas sofrimento.

Mas, a cada ano depois de 2.004, quando desfeito o elenco na sua totalidade, estamos amargando insucessos em tudo, apesar do vice na Libertadores para o SPFC e para o PACHUCA na Sulamericana, sem esquecer o Paranaense.

Tenho adversários que não nutro nenhuma admiração. Os coxas, nem tenho mais como paradigma, apesar de gostar quando ganhamos, pois cria uma desavença gostosa na família. Mas Paraná e SPFC são os rivais a quem adoro vencer, quando podemos, fruto de pontos tirados e desclassificações ao longo dos anos.

Agora, em especial de dois anos pra cá, nossa ARENA KYOCERA ( PARCERIA MALDITA ) que conheci num jogo do CAP contra o Emelec do Equador, quando levei meus meninos e fiquei pasmo com tanto beleza, estádio cheio e corações palpitantes de paixão e orgulho.

Hoje, somos apenas como ” mulher de malandro “, pois apanhamos de todos sem distinção de categoria ou expressão. Um time sem brilho, uma diretoria sem destino ou uma ponta de felicidade, a torcida em crise com esses a quem atribuo diretamente a culpa. Nos deixem torcer e voltarmos a ser os verdadeiros atleticanos do passado. De que adianta estádio e CT sem nada, sem amor. Nesse ponto, por mais que o SPFC seja uma pedra no sapato é um exemplo de que com estádio e CT, ainda assim pode-se montar times expressivos e competitivos, sem a necessidade sempre atual de vender e negociar jogadores, como só aqui acontece.

Estou me desiludindo, querendo cancelar meu pacote de jogos para não ter que estar chateado todas as quintas e segundas como tem acontecido e só um verdadeiro atleticano sabe como o day-after é longo e chato sem uma grande vitória nesses dias.

Salvem o CAP – ATLETICO e não PARANAENSE – tornemos a ser populares e não uma elite, como querem nossos Diretores e que tudo volte a um estágio melhor. Cansei de apanhar e não gosto de me sentir como mulher de malandro.



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