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30 set 2007 - 19h16

Os erros são claros

Os erros ficaram evidentes para toda a nação atleticana neste sábado. Nós podemos tirar diversas conclusões do jogo, podemos culpar vários jogadores mas os erros ocorridos é mais simples do que parece para a gente chegar no óbvio, no concreto.

Todo o torcedor atleticano sabe que o nosso atual elenco é limitado de tudo, técnicamente e emocionalmente. O Ney Franco começou muito bem no comando mas, parece que temos forças externas que fazem com que alguns jogadores sejam escalados como titulares, isso deve ocorrer em qualquer clube no mundo, pois tem empresários por trás das placas, o que dói é você querer fazer uma propaganda enganosa para obter fins lucrativos em cima de um atleta que na verdade poderia ser taxista, motorista particular, porteiro, vendedor ou estudar para design de produto, como eu.

Por um acaso, se você fosse proprietário de uma frota de táxi você contrataria o Alan Bahia para ser um dos seus motoristas? Se você fosse síndico de um prédio, você contrataria o Erandir para ser o porteiro? Se você fosse proprietário da Avon, você chamaria o Danilo para ser vendedor?

Depois de 17 anos, hoje eu estou me recordando muito bem do nosso Goleiro Marolla. Coitado, era um bom goleiro, nos deu 3 títulos estaduais (1985,1988 e 1990) mas infelizmente, falta nas laterais próxima à área e escanteios contra o Atlético, era um sufoco, como nos dias de hoje. Eu agradeço muito pela vibração do Viáfara mas tá na hora dele sair nas bolas cruzadas na área, chega de Marollisse.

Quais são as normas para um atleta ser o capitão de uma equipe? Primeiramente, liderança perante o grupo, falar, indicar, mandar, ter o alto controle de tudo dentro e fora de campo. Não é isso que nós vemos no jogador Danilo. Ele é um bom jogador, pois ele não faz falta, mas quando faz também, é expulso na hora, ele não fala, não se gesticula com os demais, é educado, não briga; quem que não quer um genro assim, um funcionário, um cunhado ou um sogro dessa forma, menos jogador de futebol, muito menos “capitão”. Ele pode até se tornar um bom jogador de futebol, mas jogando em u time de ponta como o Atlético, não dá. Só aqui mesmo para este pobre zagueiro estar empregado.

O Jancarlo tem uma única virtude que é bater faltas. Agora temos o Marcelo Ramos que também cobra falta e é claro, o tal de Ramóm. Eu apostei neste jogador, pensei que aqui no Furacão ele iria render aquela bola toda como nos tempos de Vasco. Puro engano, pode mandar embora hoje se quizer que não irá fazer falta.

Esses jogadores que eu acabei de citar são os pontos fracos deste atual elenco atleticano. Eu devo excluir da lista o nosso goleiro Viáfara, só que ele deveria se aprofundar mais e treinar as bolas cruzadas, só isso.

Danilo, Erandir, Jancarlo, Ramóm, Michel e Alan Bahia estão pestiando o elenco. Sei que não é o momento de pegar esses jogadores e mandá-los embora, mas no final da temporada podemos usá-los como moeda para se livrar das pestes. Temos mais moedinhas por aí como o Roberto, Evandro, Pedro Oldoni, Dinei e não podemos esquecer de várias moedinhas espalhadas pelo Brasil que estão emprestadas. Temos mais de 120 jogadores incritos na CBF. No próximo ano a diretoria terá que pensar em ter qualidade e não quantidade.

Ficou evidente que Claiton e Alan Bahia não podem jogar juntos, ambos não marcam. Um time sem meio-de-campo não ganha de ninguém, sobrecarrega a zaga e o ataque fica inoperante. Quando o Netinho e o Valencia não puderem jogar, esperamos que o nosso técnico pense em outro sistema de jogo, coloque dois atacantes nas laterais ou faça qualquer outra coisa, só não me venha com Alan Bahia e Ramóm no meio-de-campo. É uma falácia.

Já que não temos substitutos para esses dois craques (Netinho e Valencia), é preciso povoar o meio-de-campo para não sobrecarregar a zaga. Ontem era só encher de brucutú no meio-de-campo, tirar os dois laterais e colocar dois atacantes, Willian e Geílson.

Se eu fosse técnico eu seria um Luxemburgo da vida, seria arrojado. No jogo de ontem eu jogaria no esquema 3-6-1, Rodolpho, Rogério e Antonio Carlos na zaga. Alan Bahia, Erandir, Roberto e Claiton no meio-de-campo. Alan Bahia cobriria um lado e o Roberto o outro. Erandir seria o quarto zagueiro e o Claiton o líbero, com liberdade para apoiar o ataque, já que ele não marca mesmo. Nas laterais eu colocaria o Willian na direita e o Geílson na esquerda e o Marcelo Ramos no ataque. Esses 3 jogadores ficariam encarregados para puxar os contra-ataques.

Esqueçam tudo o que eu falei neste último parágrafo, isso é a minha forma de colocar o Atlético ontem em campo, sem ter jogadores de nível para colocar no meio-de-campo. Não posso esquecer de elogiar o nosso lateral Piauí. Ele está mostrando personalidade e vem atuando de uma forma digna, sem comprometer a zaga e quando vai ao ataque, consegue erguer a bola na área, coisa que muitos não sabem fazer.

Chega de opinar, chegou a nossa hora novamente, são mais 6 decisões pela frente aqui no nosso Caldeirão. Não tem como o Atlético ser rebaixado, por mais pessimista que sejamos, isso é impossível, o rebaixamento ficará nas mãos do América, Juventude, Paraná e Corinthians. Alguns sofredores espalhados pela cidade estão comemorando; eles acham que vão se livrar da gente ano que vem. Nós queremos marcar o Centenário deles, novamente estaremos marcando a história da coxarada. Além de sermos os recordistas de público no Cocho Pereira, fomos nós que batizamos a Faixinha de 1985, é uma pena que eles correram de campo. Se eles se acostumaram à jogar na Série A, que não é o habitát natural deles, foi culpa nossa; em 1995 fizemos a questão de escolher quem seria o nosso Vice-Campeão da Série B.

Subam coxarada, estou com saudades de vocêis, por mais que a nossa rivalidade esteja perdendo a graça, eu não vejo a hora de poder cantar o tão famoso hino dos coxas, seja no Cocho ou no Caldeirão, estou com saudades.

Um abraço à todos, quarta-feira estaremos lá, jogando junto com o Furacão, POR QUE EU NÃO FICO EM CASA!

ATLÉTICO ATÉ A MORTE



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