Homenagem: Ferreira e Valencia
Saudações Rubro-Negras.
Nós, como torcedores, não sabemos como agradecer os nossos jogadores, principalmente aqueles que com o passar do tempo vão se identificando como verdadeiros ídolos da torcida atleticana. Creio eu que o jogador de futebol já fica contente em ver o estádio com 25.000 pessoas gritando o seu nome. A vontade de cada torcedor é chegar próximo deles, dar um forte abraço e dizer: “Valeu, muito obrigado!”
Em homenagem ao nosso maestro David Ferreira e ao guerreiro Valência, resolvi escrever em português o Hino Nacional da Colômbia. Uma humilde homenagem para estes grandes homens que estão vestindo a camisa Rubro-Negra com muito amor.
Coro
Ó glória imorredoura!
Ó júbilo imortal!
Nas cavas das dores
o bem germina já,
o bem germina já.
Ó glória imorredoura!
Ó júbilo imortal!
Nas cavas das dores
o bem germina já,
o bem germina já.
I
Cessou a noite horrível!
A libertade sublime
resplande as auroras
de sua invencível luz.
A humanidade inteira,
que encadeada geme,
compreende as palavras
do que morreu na cruz.
II
Independência grita
o mundo americano;
se banha em sangue de heróis
a terra de Colón.
Mas este grande princípio:
“o rei não é soberano”,
ressoa, e os que sofrem
bendizem sua paixão.
III
Do Orinoco o leito
se enche de restolhos;
de sangue e pranto um río
se vê ali correr.
Em Bárbula não sabem,
as almas nem os olhos,
sem admiração ou espanto
sentir ou padecer.
IV
Às margens do Caribe,
faminto, un povo luta;
horrores preferindo
à pérfida saúde.
Ó, sim!, de Cartagena
a abnegação é muita,
e os escombros da morte
desdenham sua virtude.
V
De Boyacá nos campos,
o gênio da glória
com cada espiga un herói
invicto coroôu.
Soldados sem couraça
ganharam a vitória;
seu alento varonil
de escudo lhes serviu.
VI
Bolívar cruza os Andes
que regam dois oceanos,
espadas qual centelhas
fulguram em Junín.
Centauros indomáveis
descendem aos planos,
e começa a pressentir-se,
da epopéia o fim.
VII
A tropa vitoriosa
en Ayacucho atroa,
que em cada triunfo cresce
seu formidável som.
Em seu expandir resoluto
a liberdade se apresenta,
do céu americano
formando um panteão.
VIII
A virgem seus cabelos
arranca em agonia
e de seu amor viúva
os pende no cipreste.
Lamenta sua esperança
que cobre louza fria,
mas glorioso orgulho
circunda sua alva pele.
IX
A pátria assim se forma
termópilas brotando;
constelação de ciclopes
sua noite iluminou.
A flor estremecida
mortal o vento achando,
abaixo dos lauréis
seguridade buscou.
X
Mas não é completa glória
vencer na batalha,
que o braço que combate
o anima a verdade.
A independência só
o grande clamor não aplaca;
se o sol alumia a todos,
justiça é liberdade.
XI
Do homem os direitos
Nariño predicando,
a alma da luta
profético ensinou.
Ricaurte en San Mateo
em átomos voando,
“o dever antes que a vida”
com chamas escreveu.
Ferreira e Valencia por muito tempo aqui conosco. Atlético até a Morte!