Ser latino-americano é ter sangue quente nas veias, é ter orgulho de nossa miscigenação, é ter história, é ter coração. Sempre defendo que o Brasil precisa aprender mais a ser latino. Durante esta semana, esse sentimento de “latinidad” esteve mais aflorado por dois motivos em especiais.

O primeiro deles é em virtude da indignação de ter que agüentar o “lixo midiático chamado revista (não) Veja” tentar manchar a história do maior latino de todos os tempos, nosso querido Ernesto “Che” Guevara, durante a lembrança de seus 40 anos de morte. Nada de se surpreender vindo de onde veio.

Mas o que me faz escrever aqui é o segundo motivo de ter orgulho de ser latino americano, pois descobri que hoje em dia, ser latino é automaticamente ser atleticano, é vibrar com o nosso “Huracan”. Ao ver os três personagens principais da recuperação tardia de nosso time, os colombianos Davi Ferreira (o nosso é Davi mesmo não Deivid como de outros), Valencia e Viafara é que penso: “Soy loco por ti America, soy loco por ti Huracan”.

Aqui temos nossa própria Farc, que não é a “Frente Armada Revolucionária da Colômbia”, mas sim a “Frente Atleticana dos Revolucionários de Coração”, que vem liderando nosso grupo de guerreiros e transformando nosso querido Caldeirão do Diabo, em uma espécie de “Chiapas paranaense”, dando o sangue e vencendo batalhas difíceis.

Escrevo este texto próximo ao jogo da “seleção da CBF” contra a Colômbia e faço alguns questionamentos: será que conseguirei torcer contra nosso Davi; e será que o técnico da Colômbia não confundiu o município de Florida na Colômbia (local de nascimento de Valencia), com outra “Florida qualquer” para não ter convocado um dos melhores volantes em atividade na América do Sul e quem sabe no mundo?.

Para terminar, queria lembrar que ser latino também é lutar contra qualquer “impériozinho” (assim como o dos verdinhos de segunda categoria, aquele que veia fascista, e nomes como “Keirrison” e outros “sons”) que tente ser soberano.

“Viva el Huracan, Viva nossos hermanos colombianos, viva la raza. Hasta Siempre”.