Dá-lhe-ô, dá-lhe-ô
Tudo bem que não jogamos uma boa partida. O time não foi bem mesmo. Jogou uma partida fraquíssima. Mas convenhamos, é melhor jogar mal e ganhar do que jogar bem e empatar com Américas da vida, como vinha acontecendo anteriormente.
É claro que nosso time tem suas limitações. Eu mesmo sempre fui um dos maiores críticos de alguns jogadores que hoje permanecem como titulares. Mas tive que dar a mão à palmatória, pois mesmo com as diversas limitações, o time ganhou uma forma de jogar, que se não tem dado certo fora da Arena, aqui pelo menos tem nos dado as vitórias, que nos afastaram na zona do rebaixamento, o que aliás, parecia inevitável, devolvendo a alegria ao nosso povo.
“Dá-lhe-ô, dá-lhe-ô, dá-lhe, dá-lhe Atleticô” – novo hino, novo refrão, nossa torcida voltou a cantar…
Tem sido contagiante a saída da Arena e a aglomeração com as caveiras no saguão de entrada do Estádio…
“Hoje a caveira vai te enlouquecer, aqui todo mundo é louco, 30 anos de disposição, sempre com o Furacão…” .
Conheço gente que está lá na Madre Maria e na saída vai pro hall de entrada na Buenos Aires, só pra cantar com a maior do Sul do Brasil… E quem não gostar…já sabe, né? Nosso povo voltou a cantar, voltou a se alegrar.
Nosso povo reconhece as limitações de nosso time, mas tá indo lá, no clima, criando clima… E as vitórias, antes tão raras, estão vindo.
No Fala pós jogo, tenho visto inúmeras críticas a alguns atleticanos que vaiaram durante o jogo contra o América. De nada adiantam as críticas, até porque, as vaias são isoladas e efêmeras. O time tem correspondido dentro de casa e nos dado os pontos necessários para nos mantermos longe da temível zona do rebaixamento. O importante é que o povo continue indo à Arena, que o povo tenha condiçoes de ir à Arena e desta forma, o clima sempre será de vitória…
Então cantemos: “Não importa a partida que você disputará, eu te sigo em toda parte; cada vez te quero mais…”
É assim, o Atletico é assim…
É por isso que eu digo “Só eu sei por que eu não fico em casa…”
Sou atleticano consciente de nossas limitações, crítico severo das afrontas ao nosso povo, mas sobretudo atleticano como todos que sempre tem a fé, a esperança, a paixão.
Não adianta ficar falando em Libertadores. É um sonho quase impossível, praticamente impossível. Livremo-nos do rebaixamento, e que a Libertadores sim, seja planejada de verdade para 2008, com a efetiva participação de nossa torcida, aquela que canta, vibra e empurra o time às vitórias.
“Rubro negro, dá-lhe rubro negro, rubro-negro dá-lhe sem parar… Neste jogo custe o que custe…” Ninguém canta assim, ninguém é assim…