Desprezível?
Eu nem queria escrever nada hoje. Apenas vim dar olhada no site e leio uma nota revoltante, dizendo que o Grêmio vai exigir medidas de segurança na Arena.
Como se o Atlético fosse algum timinho qualquer e a Arena fosse um campo de várzea.
Quem deveria ter solicitado medidas de segurança quando jogou em Porto Alegre era o Atlético, que foi massacrado fisicamente por um time truculento, que usou e abusou da violência contra os jogadores rubro-negros, que fez do jogo uma batalha, que quebrou dentes de um, o rosto de outro, e bateu sem dó nem piedade com a complacência do juiz, que, não sei por que, quando se trata de time gaúcho sempre é complacente, como se fosse permitido só aos times gaúchos baterem à vontade, sem punição. Assim mesmo o Atlético voltou de lá com um empate heróico.
E olha que o Alex foi um “gentleman” ao perdoar o seu agressor, que por sinal está aí, impune, enquanto nosso craque teve de ficar de molho por longos meses afastado da sua profissão por um lance violentíssimo.
Se para o dirigente gremista o Atlético é desprezível é porque hoje em dia tem muito dirigente no futebol brasileiro que inveja de morte tudo que o Atlético representa: um time que cresceu pelo esforço próprio, de modo organizado e calçado numa competentíssima administração. E que quando joga na Arena é empurrado por uma torcida que agiganta o time em busca da vitória.
Pois bem, vamos dar uma aula de civilidade aos gremistas. Tratá-los com toda a educação possível (apesar de não merecerem), dentro e fora do campo, para que vejam que futebol se joga no campo, de modo limpo, sem jogo sujo e que a melhor maneira de retribuir as agressões sofridas e o destempero verbal que não leva a nada é mostrando toda a força da nossa torcida, da nossa estrutura e do bom futebol. Para que assim aprendam como se deve tratar os adversários: com respeito e dignidade.
Que o Atlético dê essa lição aos gremistas e a outros times do Brasil.