Mais uma noite inesquecível
Quem esteve na Arena da Baixada, na noite desta quarta-feira, terá histórias para contar por muitos e muitos anos. Dos mais diversos tipos de assuntos: Do baile que o time do Atlético deu no Grêmio, passando pela festa nas arquibancadas até a covardia impetrada pelos gaúchos na saída de campo.
Ontem o técnico Ney Franco deu mais um passo importantíssimo para a renovação do seu contrato com o Atlético para o ano de 2008. Ele, no alto de sua serenidade e experiência, fez com que os jogadores se preocupassem exclusivamente com a bola e não pensassem em uma possível revanche da batalha do Olímpico. E os jogadores do Furacão acima de tudo mostraram maturidade e humilharam os gremistas no segundo tempo de jogo. Foi literalmente um olé de bola.
Após o destempero do craque Tcheco e sua conseqüente expulsão, repugnada pelo treinador Mano Menezes, o time gaúcho se perdeu totalmente em campo e o famoso olé foi ouvido por diversas vezes. Prova disso foi o segundo gol atleticano que de pé em pé acabou na bomba de Michel e num dos gols mais bonitos da história da Arena da Baixada.
O Grêmio veio preparado para pancadaria, eles mesmos provocaram isso no jogo do primeiro turno quando deixaram Alex Mineiro e Evandro internados e fora de combate por vários meses, por causa da sua covardia costumeira. O que o time gaúcho não esperava era ver o time do Atlético tão tranqüilo e tocando a bola com maestria, colocando eles na roda e os deixando cada vez mais irritados. Para quem esperava confusão dentro de campo, os gremistas tiveram que se contentar em fazer parte da roda, ou melhor, fizeram parte da brincadeira sendo o joão bobo da noite.
Falar da noite de ontem e deixar de enaltecer a gigante e apaixonada torcida atleticana é ser no mínimo egoísta. A torcida tinha em seus olhos a lembrança da vergonha do Olímpico mas queria mostrar aos jogadores e dirigentes gremistas que dentro da Baixada ninguém ganha do Atlético sem antes passar pela sua torcida. O show foi do começo ao fim dos 90 minutos e comandados pelo capitão Claiton a festa só acabou madrugada afora. A torcida teve vários momentos de êxtase, os dois gols sem dúvida alguma, a expulsão do fujão Tcheco foi comemorada como um gol, mas quando o craque e ídolo Alex Mineiro pisou novamente no gramado do Joaquim Américo parecia que o Estádio viria abaixo tamanha a felicidade da torcida ao ver o retorno de um dos seus maiores ídolos dentro da sua própria casa.
Parabéns aos jogadores e a comissão técnica do Furacão, que na noite de ontem, me mostraram mais uma vez que, com um trabalho sério e bem feito, nós podemos sonhar, pena que a recuperação no campeonato começou tardiamente senão estaríamos lutando com todas as nossas forças por uma vaga na Taça Libertadores de 2008.
A noite de 31 de Outubro de 2007 jamais sairá da minha memória, esta foi como tantas outras que vivi dentro da Arena da Baixada, uma noite inesquecível.
O novo dono do time do Atlético
Ele atende pelo nome de Claiton, é literalmente o novo dono do time do Clube Atlético Paranaense. Em diversos momentos do jogo ele chamou a responsabilidade para si e comandou o time. O time se ressentia de um jogador assim, que mesmo não sendo nenhum craque, colocasse a bola debaixo do braço e fosse um maestro dentro e fora do gramado, pois ele comanda a torcida atleticana como ninguém. Chega de fanfarrões dentro da Baixada, com Claiton em campo acabou aquela palhaçada que todo mundo vinha aqui e batia no Atlético de cinta, ele não deixa os outros times apitarem o jogo, ele com a sua liderança e carisma está pedindo passagem e aos poucos está se candidatando a novo ídolo da torcida atleticana. Parabéns, capitão! Você está vestindo o manto sagrado atleticano como poucos.
Solidariedade
Meu amigo Mazzaro, sei que o meu Furacão não é igual ao seu bugre, mas tenho certeza que você a sua família iriam comemorar muito a vitória de ontem sobre o Grêmio. Força cara, você é jovem, forte e tem toda a capacidade para sair desta. Teus amigos te esperam aqui fora e tão logo você saia do hospital vamos juntar todo mundo para comemorar a sua vida nova, porque, sem dúvida alguma, você nasceu de novo.