Dia do Fico
No melhor estilo mineiro, comendo quieto, pelas beiradas, Ney Franco chegou ao Atlético. Chegou no começo de noite do dia 20 de agosto no Aeroporto Afonso Pena. Sentou, tomou um cafezinho, provavelmente comeu um pão de queijo também, enquanto aguardava o presidente Fleury. Desconversou sobre o possível acerto com o Furacão, mas estava claro que seria o novo treinador(na tarde do mesmo dia 20, Antônio Lopes havia sido demitido).
Na manhã do dia 21, confirmada a contratação, Ney começou o seu trabalho com o grupo. Tinha uma tabela difícil pela frente, com jogos fora contra Internacional e Santos, e com o time muito perto da turma dos desesperados. Perdeu as duas partidas, mas o time mostrou evolução tática, e só não trouxe pontos de fora por infelicidade da zaga e principalmente da arbitragem no jogo contra o Inter.
Depois, enfim, o primeiro jogo diante da torcida. E a primeira vitória, e a segunda e tantas outras vitórias. Passado mais de dois meses, o time tem padrão tático, tem cara de time. Voltou a ser um Furacão dentro da Baixada, e beliscou pontos importantes fora de casa.
Um time tido para muitos como candidato sério ao rebaixamento, vive hoje a expectativa de classificação para os torneios continentais. Toda essa reviravolta aconteceu justamente com a chegada do mineiro Ney Franco. E se em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I disse Se é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico, o dia 5 de novembro de 2007 para a nação atleticana seria o ‘Dia do Fico’ para Ney Franco. Fica Ney, para o bem de todos e felicidade geral da nação Rubro-Negra. Fica Ney!