Resposta ao Sr. Rafael Lemos
Primeiramente venho pedir licença aos meus co-irmãos atleticanos para fazer uso deste espaço, dedicado apenas a vocês rubro-negros. Licença esta para que possa responder a carta que meu irmão, Rafael Lemos, me dedicou no último sábado. Mais que uma licença, um direito de resposta (você é advogado, não eu. Mas acho que tenho esse direito!)
Pois bem, não sei se era essa sua intenção Sr. Rafael Lemos, mas você me fez chorar. Aposto que não só a mim, mas a muitos que sabem diferenciar rivalidade sadia das barbáries que tanto vemos provocadas por torcidas “rivais”.
Uma homenagem dessa só poderia partir de você nobre irmão. Mais que irmão você é para mim um ídolo, um exemplo. E como você bem falou não sei porque quis o destino que caíssemos de amor por times adversários. Talvez para compensar nossa maravilhosa convivência e parceria. Tínhamos que ter motivos para alguma desavença! Mas acho que nem assim. Parece que não há nada que abale nossa relação. E como é bom tê-lo como irmão. Que privilégio! Que privilégio…
Tenho certeza que foi por essa nossa relação que em 2001 me juntei a você na torcida pelo Alético contra o São Caetano. Para muitos uma situação irreal: um coxa-branca doente (pleonasmo, segundo você) torcendo para o maior rival? No mínimo inusitado. E até concordo. Mas não teria coragem de torcer contra meu próprio irmão. Esse não foi o exemplo que tivemos de nossos pais e avós. E confesso: não me arrependo um minuto de ter participado daquela corrente positiva, maravilhosa por sinal, que fez do Atlético o mais que merecido campeão brasileiro daquele ano. (vocês tem certeza de que sou o único coxa branca leitor deste site? Afirmação perigosa essa que fiz, mas não retiro! rs)
E outra: nenhum time se faz grande com o fracasso do rival. E como sabemos disso né mano? De 90 até 95 quanto sofrimento. É bom não lembrar! hehehehehe
Eu quero sempre um Atlético forte pois tenho certeza que assim o Coritiba também se fará forte, e assim poderemos competir de igual para igual com esses times ditos “grandes”. E deste modo poderemos acompanhar vários e vários Atletibas, cheios de emoção e rivalidade para que no futuro possamos relembrar, com saudades…
Deixo aqui um abraço a todos os co-irmãos atleticanos em especial aos meus amigos: Roberto, Luciano, Fábio (meus gratos amigos e colegas de profissão), ao Gérson do Queen’s (onde sempre eu ia acompanhar nestes 2 anos de sofrimento os jogos da série B) e claro a meu mais que irmão Rafael. Como já disse meu exemplo de vida. Sem contar que é um excelente advogado e professor de português. E reestabelecendo a verdade: muito melhor professor do que eu!