Placar: comentários parciais, matérias tendenciosas
Nesta quarta-feira, logo cedo, acessei os sites da Furacao.com e da Placar, como faço diariamente. E foi com imenso descontentamento que verifiquei o tema do quadro “Sobe/Desce” publicado esta semana. Vejam: “Desce: Petraglia – O cartola mais uma vez bancou o valentão. Mas agora deve pegar longo gancho”
O sentimento de revolta é sempre inevitável em momentos como esse, não pela pessoa do Sr. M.C.P., mas pelo desrespeito à instituição e à torcida do Clube Atlético Paranaense, ao que não me calei. Seguem meus comentários à Placar:
“COMENTÁRIOS PARCIAIS!
MATÉRIAS TENDENCIOSAS!
Essa será sempre a linha adotada por Placar, quando se ativer aos times “extra-Rio-São Paulo”? Que vergonha (para não falar outra coisa)!
Petraglia não é um exemplo de pessoa, muito menos de dirigente. Em muitos momentos, embora declarando ajudar o clube, não faz mais que tentar criar no Atlético-PR (e não “Paranaense”, Sr. Petraglia) uma extensão de seus domínios pessoais.
De qualquer maneira, o que tem a ver sua postura questionável como dirigente de futebol com os fatos ocorridos no jogo contra o Grêmio? Nada! Absolutamente nada!
Gostaria muito de saber se os jornalistas e/ou editores que publicaram o comentário “Desce – Petraglia” e a matéria “Briga na Arena” chegaram a assistir à referida partida, em sua íntegra. Seria interessante saber se pesquisaram os fatos e compararam opiniões de torcedores e da imprensa dos Estados envolvidos!
ATÉ OS GAÚCHOS reconheceram e condenaram as ações tomadas por seus dirigentes e alguns jogadores do Grêmio, como Tcheco e Eduardo Costa.
Mesmo creditando a importância que tem, “quem é” Placar para julgar alguma coisa e emitir opiniões sobre esse caso?
– Um veículo que se mostra parcial e tendencioso, que tenta induzir a opinião dos leitores menos esclarecidos, que defende com unhas e dentes apenas suas opiniões “caseiras” – e não os fatos! Não há como responder aquela pergunta de outra forma.
Senhores, se quisessem mesmo emitir uma opinião correta, deveriam voltar ao jogo Grêmio X Atlético-PR, do 1º turno, em julho! Assim poderiam entender o clima que se criou em torno do novo confronto. Naquela ocasião, o time gaúcho não foi capaz de bater o visitante, mesmo tendo jogado com violência e mandado para o hospital 2 jogadores da maior importância (Alex Mineiro e Evandro). Naquela partida, foi Tcheco o responsável pelas múltiplas fraturas faciais do artilheiro e ídolo atleticano Alex Mineiro, que o afastaram do Brasileirão por 3 meses!
Voltemos ao 2º turno. O time gremista foi recebido na Arena com habitual cortesia pelos dirigentes e jogadores atleticanos. O mesmo não se poderia esperar da torcida paranaense, que hostilizou os gaúchos desde o início. Previsível.
Tudo ia bem, até o gol de Ferreira e a expulsão – por reclamação e ofensas ao árbitro – de Tcheco, no 2º tempo. Obviamente, como não poderia deixar de ser, a torcida explodiu de contentamento ao ver seu maior alvo de “críticas” ser expulso de campo.
Logo em seguida, para êxtase de um estádio lotado, Alex Mineiro entrou no jogo, reencontrando a torcida depois de mais 3 meses, justamente contra o Grêmio! O resultado foi um lance memorável, com uma sequência de passes que tomaram 1 minuto, acompanhados de gritos de “olé” vindos das arquibancadas, e que culminou com um chute forte de Michel no ângulo do gol gaúcho. 2×0.
Por que toda essa narrativa? Para que entendam os motivos das confusões posteriores!
A partir daí, o Grêmio, diminuído em campo, perdeu completamente o controle e passou a agredir os adversários, a cada disputa de bola. Tardelli poderia ter expulsado mais 2 jogadores gremistas e ainda um jogador atleticano, sem sombra de dúvida. Preferiu evitar mais confusões.
Logo que soou o apito final, veio a confusão, ainda em campo! Os gremistas partiram para cima dos atleticanos, não aceitando a derrota, da forma que esta ocorreu.
Aí está a primeira falha! Por que este fato não está sendo discutido? Quem deu início à confusão? Petraglia? Pelaipe? Foi falha de segurança da Arena da Baixada?
Não, senhores! Abram os olhos! A culpa é de alguns jogadores gremistas, que deveriam sim ser julgados e punidos! Levaram a confusão para os vestiários, agrediram (Tcheco) verbalmente o presidente atleticano em sua própria casa, agrediram (Eduardo Costa) fisicamente Claiton enquanto este concedia entrevista, de forma covarde, na presença de todos os repórteres! Está tudo registrado, senhores! Há cenas gravadas de tudo! Inclusive das agressões de boa parte da delegação gremista a Petraglia e seu acompanhante, no Aeroporto Afonso Pena! Essas gravações já estão sendo analisadas pela polícia.
Diante de tudo isso, pergunto:
1. Se o Grêmio tivesse agido assim no Morumbi, no Pacaembu, no Maracanã ou em São Januário, Placar estaria criticando os dirigentes de São Paulo, Corinthians, Flamengo ou Vasco?
2. Há alguém tão ignorante, que possa acreditar que um senhor na casa dos 60 anos é capaz de bancar o “valentão” contra uma delegação inteira de atletas e dirigentes enfurecidos? Vale lembrar que o “valentão” é nada menos que o presidente da entidade Clube Atlético Paranaense e estava dentro de sua casa.
Não, senhores, vocês estão muito enganados! Os verdadeiros culpados, aqueles que partiram para as agressões físicas, deveriam ser julgados – e condenados – não apenas pela Justiça Desportiva, mas também na esfera comum! Lugar de baderneiro, agressor, jogador que não sabe reconhecer a derrota e parte para os pontapés, não se resume ao banco dos réus do STJD. Deveria sentir também o peso da justiça comum!
Sim, senhores, vocês estão totalmente enganados! Os torcedores mais esclarecidos dos “demais” times, não participantes do “eixo” Rio-São Paulo, estão fartos de sua parcialidade, de sua arrogância bairrista. Ninguém mais se calará diante de absurdos como os que os senhores têm irresponsavelmente apresentado!”
Vários atleticanos, paranaenses torcedores de outros times e até mesmo internautas de outros Estados registraram seus protestos aos comentários tendenciosos de Placar, em seu site (www.placar.com.br).
Atleticanos, não nos calemos mais diante de tanto desrespeito e tanta injustiça!