Eu aprendi ao longo dos meus 32 anos a ter gratidão pelas pessoas que merecem. Na tarde deste domingo eu tive mais uma prova disso e tenho certeza que toda a torcida atleticana também.

Aprendi desde a minha infância que respeito é moeda de troca e aprendi também que a educação norteia a vida das pessoas. Respeitar quem te respeita, aplaudir, ovacionar quem um dia te deu um pouco ou muitas alegrias, é assim que a máquina da vida deve funcionar. Essa é a relação da torcida atleticana com essa pessoa. Do alto de toda a minha experiência futebolística atleticana eu vi poucas vezes uma pessoa ser tão respeitada pela torcida rubro-negra.

Com o meu velho pai (calma pai, o senhor não está tão velho assim!), eu aprendi a dar valor às pequenas coisas, a valorizar os pequenos gestos e ver a vida com outros olhos. A cada instante que piso dentro da Baixada eu sinto algo diferente, cada vez que cumprimento ou conheço um novo um irmão de sangue rubro-negro e todas as vezes que comemoro um gol dentro do Joaquim Américo eu sinto que a minha paixão pelo Furacão se renova.

Dia desses, no jogo contra o Vasco, eu tive o prazer de rever meus amigos de Guarapuava, entre eles o Diogo, a Renata e o Laércio, este até então um ilustre amigo do Orkut. No final da partida um gesto do Laércio me fez pensar que para nascer uma grande amizade não podemos nos prender à distância. E eles, lá de Guarapuava, cidade de um povo hospitaleiro, educado e de mulheres muito bonitas, me mostraram que para ver e incentivar o Furacão não existem fronteiras, um simples gesto, um aperto de mão, uma palavra amiga, vale mais do que qualquer coisa em nossa vida. Eles são guerreiros que mesmo de longe merecem e muito o nosso respeito.

Atualmente apenas um jogador do elenco rubro-negro pode ser comparado a essa pessoa. Este jogador chama-se Alex Mineiro, que têm todo o respeito e gratidão da massa atleticana e honra com todas as letras o manto sagrado que veste. Alex Mineiro tem uma história muito bonita dentro do Atlético, afinal de contas, ser clamado como o “artilheiro das decisões” e trazer o caneco de Campeão Brasileiro na bagagem não é para qualquer um.

Mais uma vez, na tarde deste ensolarado domingo essa pessoa demonstrou todo seu amor e respeito pelo Clube Atlético Paranaense, pela cidade de Curitiba e pela apaixonante torcida atleticana. Caminhada firme, dos vestiários da Arena da Baixada para o banco do Sport de Recife, um aplauso para a torcida, um sinal de agradecimento, mãos à altura do peito, batendo no próprio peito e devolvendo com a mesma gratidão para a torcida do Atlético tudo o que recebeu até hoje.

Essa pessoa, como você já deve saber, chama-se Eugênio Machado Souto, ou simplesmente, Geninho, que na tarde deste domingo fez uma declaração de amor ao Atlético, a cidade de Curitiba e à torcida atleticana. “Eu não posso dizer quando, mas com certeza um dia eu volto. Um dia irei voltar porque o carinho que tenho por eles e tem por mim é fantástico. Tem que ter um reencontro”, declarou o mestre Geninho. Além disso, ele centrado e calmo como sempre foi cumprimentar o técnico Ney Franco pelo belo trabalho que vem fazendo e para finalizar Geninho falou que o seu destino e o destino do Atlético um dia irão se encontrar lá na frente. Que Deus ouça isso, pois a torcida atleticana não vê a hora de ter o seu ídolo novamente na Baixada, só que desta vez do lado do Furacão.

Obrigado Geninho, pela hombridade, respeito, amor e carinho, por tudo que você fez pelo Atlético e que um dia voltará a fazer. Muito obrigado de coração! Ao atual técnico do Furacão, Ney Franco, fica a lição de vida de Geninho: conquiste a torcida atleticana, dê vida nova ao Atlético, coloque o Furacão no seu devido lugar, traga a alegria da possibilidade de novos títulos, assim você será aplaudido todas as vezes que aqui comparecer, porque competência e carisma você provou que possui de sobra.