Fim de feira (II)
Este período é o mais chato, não há jogos, não há notícias, somente especulações para vender jornal e nada mais.
O que importa é que vamos iniciar o ano já com uma programação pré-estabelecida, ou seja no comando um treinador que chegou meio desacreditado mas com o passar dos jogos, “sem falar muito”, e trabalhando bastante mostrou toda a sua competência, pois me perdoem aqueles que discordam da minha opinião, mas este ano foi sofrido, penso eu que este time, eu disse time não elenco, é o pior dos últimos anos.
Escapamos da degola pois o futebol brasileiro passa por um momento de total falta de talentos, para comprovar isso basta ver quem se destacou. Novamete tivemos um goleiro como o melhor jogador da competição e dois estrangeiros brigando com ele, o tal do Valdívia, que não é nenhum craque, e o uruguaio Acosta que fez gol até de bico e jamais foi convocado para seleção do seu país. Então, estamos numa carência total de jogadores de primeira linha, pois muitas equipes estão se apegando a velhos ídolos como salvação da lavoura, exemplos de Edmundo, Romário, Vampeta, Dodô, Paulo Baier e Alex MIneiro.
O que não consigo assimilar é que com toda estrutura que nosso Atlético tem, com toda a mordomia que estes jogadores recebem “pois esta semana estive conhecendo o gramado e os vestiários da Kyocera Arena (fui receber a minha camisa de Sócio Furacão)” é brincadeira. Só a banheira de hidromassagem é maior que a sala lá de casa, isto me fez lembrar quando comecei a jogar futebol lá no extindo União Juventus, na rua Carlos de Carvalho, naquela época “1973 a 1976” era condiderado o melhor time de categoria de base para se jogar; a equipe que melhor estrutura tinha. Pasmem senhores: me lembro que no Juventus não era preciso levar chuteira; nos forneciam tanto chuteira que era utilizado somente no treino de sexta-feira. Nos outros dias treinavámos de Conga. O técnico, já falecido Mário Rosseto, após os jogos distríbuia para rapaziada um pão com qualquer coisa e uma Guaraná Caçula; era chique e prazeiroso. Do Juventus saíram para o nosso Atlético nada mais de que Evans e o zagueiro Oliveira. Lembro-me também que após o Juventus fui parar no Colorado. Este era triste, mandava treinos na praça Osvaldo Cruz campo de terra no comando Prof. Bandeira, e os coxinhas treinavam no cortume da Itupava, técnico Ernesto Marques.
É, senhores, não era mole não, mas deixando a saudade de lado e voltando à mordomia, será que não tem nas categorias de base do nosso Atlético alguém um pouquinho melhor do que o Michel, Erandir, Jancarlos, Marcelo Macedo, André Rocha, Edno, Dinei e tantos outros? Não acredito que com toda esta estrutura não se produza pelo menos uma vez ao ano um jogador da qualidade de um Rhodolfo.
Senhores, em 2008 vamos olhar com mais carinho às categorias de base, pois eu sei que lá tem gente de muita, mais muita qualidade. Querem um exemplo? Trouxeram o tal do Taílson e o Geílson; o que somaram estes dois no decorrer do Campeonato? Nada. Por que não aproveitaram o Fernando Mineiro, Rogerinho e o Renato, que já provaram que tem futebol para vestir a camisa rubro-negra? Falta apenas oportunidade e continuidade como foi dada ao Rhodofo.
Vamos investir na meninada. De nada adianta trazer bondes velhos como Ramon e cia.