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29 fev 2008 - 10h06

Dias melhores

Domingo, tarde nebulosa na capital, estava sentado no assento 1800 do Ecoestádio, rezando para não chover, pois senão aquela passarela de grama viraria um lamaçal, fiquei sabendo da triste notícia da saída de Claiton. Assistia aquele jogo meia-boca, onde faltavam guerreiros que já havia me acostumado a aplaudir, mas estava lá, como estive em União da Vitória, como estive no Urinão (Estádio do Clássico). Pensando comigo, fiquei imaginando, não é verdade, pois o “Predador” havia jurado amor ao Furacão, deve ser golpe de marketing para reacender o interesse do torcedor em se tornar sócio. Passou a semana e nada se confirmava,ontem a notícia se concretizou. Poderia ficar mais triste ainda, pois em tempos de falta de ídolos, onde não temos mais Sennas,Pelés,Piquets aprendemos a idolatrar jogadores que ajudamos a brilhar, mas que por 30 dinheiros nos trocam por “supostos” grandes clubes que enterram o futebol de bons jogadores, ou clubes sem expressão, mas com muito dinheiro.

Raciocinei e cheguei a conclusão que certo mesmo está a turma do amendoim ali na direita da Getúlio Vargas, que sempre xingava quando o jogador estava ruim e aplaudia quando o cara jogava bem,pois parece que para eles não somos tão importantes assim, a energia da nossa torcida não é o que motiva eles a jogarem bem, mas sim o salário bom e em dia, o bicho nosso de cada vitória.

Nunca vaiei e nunca vou vaiar o meu time de coração, mas vou gritar e exigir que jogue muito mais, qualquer um que vista o manto Rubro-Negro do Furacão, pois está é a razão de existir do torcedor do Atlético.

Dias atrás o Sr. Kaká, do Milan, disse que os brasileiros não valorizam seus ídolos, pois lhe digo que não existem mais ídolos no Brasil e os poucos que quase se tornaram ídolos não valorizaram aqueles que os ajudaram a ficar conhecidos, os torcedores. Muitos destes ou a maioria, não ganham nem 1% dos salários destes famosos, mas vão lá e dão o seu quinhão para contribuir com o clube que amam e para gritar nomes em bom tom e alto para todos ouvirem. Portanto, não nos cobrem algo que pagamos para dar e os jogadores ganham para receber, se eles não cumprem a parte deles.

O Furacão não precisa de ídolos marketeiros mas sim de guerreiros que queiram vencer e que cumpram suas obrigações com a vitória e com torcida, e tradicionalmente o Furacão sempre os encontra.



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