Excessos
Novamente somos surpreendidos por uma derrota e, me desculpem os que divergirem, perdemos para nós mesmos. O nosso Furacão perdeu para o fraco, porém aplicado, Corinthians de Alagoas. Fui, como sempre, ao jogo e o que vi foi um excesso: excesso de arrogância, de confiança, de pretensa “superioridade”. O Furacão vinha em uma expressiva espiral de crescimento, mas como crítico que sou, afirmei inúmeras vezes que o Campeonato Paranaense não é parâmetro para nada. A seqüência de vitórias serviu para dar confiança, entrosamento, mas nunca como termômetro da qualidade de nosso futebol. Afirmei anteriormente (aqui no Furacão.com) que não existe jogador insubstituível, mas disso para acreditar que não precisamos de reforços existe uma longa e desastrosa distância. O Atlético ontem foi a prova de que tudo nesta vida, quando em excesso e sem responsabilidade, acarreta sérias conseqüências. Vimos um time apático, tocando a bola como se já classificado ou com 5 gols de vantagem no placar. Foi um jogo irresponsável, um verdadeiro desrespeito ao torcedor e o fim do planejamento do 1° semestre. Ganhar o Estadual é obrigação diante dos adversários que se apresentam. Por hora, nos resta refletir sobre o que “ganhamos” com o jogo de ontem. Poderíamos citar: a boa e velha humildade; a certeza que ninguém é imbatível; a ciência que os reforços não podem tardar, especialmente no meio-campo o qual, ontem, deixou órfão o nosso ataque. Aliás, o hiato entre defesa e ataque já é visível a pelo menos 4 partidas e demanda solução urgente. Independente das críticas dos “menores” do Estado não iremos esmorecer ou abandonar nossos propósitos. O coração Atleticano é maior que essa inveja multicolorida.