27 abr 2008 - 18h45

Bombas, latas e até celular na briga entre as torcidas

A campanha de paz entre as torcidas de Atlético e Coritiba não surtiu muitos efeitos. Durante a semana, os sites Furacao.com (Atlético) e Coxanautas (Coritiba) divulgaram notícias pregando o respeito entre as torcidas rivais e pedindo aos torcedores para evitarem o conflito durante o primeiro domingo decisivo do Campeonato Paranaense 2008.

Antes de o jogo começar, o gramado do Couto Pereira exibiu a palavra "paz", mas nas arquibancadas não houve repercussão.

O que se viu durante a partida foi uma intensa disputa entre as torcidas. Logo nos primeiros minutos do jogo, a Polícia Militar se envolveu em conflito com a torcida atleticana no primeiro anel do Couto Pereira, causando muita confusão.

Também antes do início da partida, torcedores do Coxa soltaram um gás em direção aos atleticanos. Alguns empunhavam uma espécie de extintor, causando questionamentos sobre a eficácia da revista policial na entrada da entrada coxa-branca no estádio.

Nos minutos finais do primeiro tempo, pessoas que estavam na divisa entre as duas torcidas começaram uma guerra de objetos atirados. De um lado para o outro, voaram latas de cerveja cheias, bombas e até um aparelho celular, arremessado pela torcida alviverde. Nesse momento, não havia nenhum policial militar nem do lado atleticano nem do lado coxa-branca. Cinco policiais estavam em um espaço vazio entre as duas torcidas, apenas observando a perigosa disputa.

Quando a artilharia aérea aumentou, a revolta tomou conta do lado atleticano, que descontou nas grades do Couto Pereira, que acabaram se soltando. Somente aí a Polícia Militar interveio nos dois lados para tentar acalmar os ânimos. Segundo o major Busenko, responsável por coordenar a operação policial no clássico, as bombas atiradas pelas torcidas são "do tipo de festa de São João" e não há como fazer o controle na entrada dos estádios. Na opinião dele, os eventos foram de pequena gravidade. Quatro pessoas foram detidas.

Condições inadequadas

Além do confronto entre as torcidas, os atleticanos também ficaram constragidos a condições inadequadas no Couto Pereira. Alguns pedaços do estádio se soltaram em função da ausência de manutenção. O torcedor Lucas Cassias, que assistiu ao jogo no segundo anel do estádio, relata a precariedade das instalações. "Pedaços de ferro das grades do terceiro anel do estádio começaram a soltar quando nossa torcida pulava e quase atingiram pessoas que estavam ao meu lado. Não tem nada a ver com a confusão, quando arrancaram grades, e sim apenas com os pulos da nossa torcida", conta ele.



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