Atlético recorre da punição imposta a Marcelo Ramos
O Atlético, por intermédio do advogado Domingos Moro, protocolou nesta quarta-feira no Tribunal de Justiça Desportiva um recurso contra a decisão da 3.ª Comissão Disciplinar que suspendeu o atacante Marcelo Ramos por um jogo. A punição foi gerada pela agressão do atacante ao jogador Ciro, do Toledo, dia 12 de abril na Arena da Baixada.
O recurso pede um efeito suspensivo contra a punição, para que o atacante tenha condições de atuar pelo seu time no próximo domingo, quando Atlético e Coritiba se enfrentam pela grande final do Campeonato Paranaense. Ontem conseguimos reduzir a pena em 120 vezes, passando de possíveis 120 dias para um dia só de suspensão, ou seja, um jogo. Agora estamos tentando discutir esse um dia e provar que isso pode ser mudado.
Para Moro a chance de se conseguir um efeito suspensivo é grande, afinal o benefício é concedido quando se depara com um prejuízo irreparável. Se ele não atuar na ultima partida, será um grande prejuízo para o Furacão, comentou o advogado, que faz questão de lembrar que não está advogando contra ninguém tentando tranqüilizar os torcedores do Coritiba, seu clube do coração.
O advogado explica como foi a base dos seus argumentos. A denúncia foi feita especificamente sobre uma agressão que só o 4.º árbitro viu. Ontem (terça) eu provei que esse profissional não tinha condições de ver o que viu. E provei tecnicamente, com imagens, que ele estava indo para um lado e o fato aconteceu no outro. Não tinha como ele ter visto. Ele foi contraditório e não se reconheceu nas imagens que levamos.
Moro afirmou que como a agressão foi descaracterizada e só o árbitro viu (pelo menos oficialmente, já que ninguém levou alguém que testemunhasse o contrário), a denúncia perde o sentido. Não foi provada a agressão. O ônus da prova é da procuradoria e se a única prova deles foi descaracterizada, não temos nada na verdade.
O procurador do TJD que fez a denúncia, Peterson Morosko, não foi encontrando para comentar a decisão.