Nada está perdido, afirma Diego
As lembranças da emocionante conquista do Atlético em 2005 são a inspiração de todos os atleticanos para reverter o placar de 2 a 0 conquistado pelo Coritiba no primeiro jogo da final deste ano. No último título paranaense conquistado pelo Furacão, em abril de 2005, o Rubro-Negro havia perdido o primeiro jogo por 1 a 0, no Pinheirão, devolveu o placar no jogo da volta, na Arena da Baixada, e ficou com a taça após uma emocionante disputa nos pênaltis.
As coincidências daquela final com a decisão deste ano, em que mais uma vez a nação atleticana está unida para reverter a vantagem do adversário, são um combustível a mais para todos os atleticanos terem uma certeza: sim, é possível!
Um dos heróis daquela conquista, o goleiro Diego, atualmente defendendo o Fluminense, revela a sua torcida pelo Atlético na final do Paranaense deste ano. Em entrevista exclusiva à Furacao.com por e-mail, enquanto se concentrava para o jogo contra o Atlético Nacional, pela Libertadores da América, Diego fez questão de mais uma vez ressaltar o seu carinho pelo Atlético e afirmou: Agora serão jogados os 90 minutos restantes da decisão, e sou mais o Atlético!.
O jogador, aproveitou para reforçar a importância do apoio da torcida para motivar os jogadores a buscar a vitória. Eu sempre falei, quando com muita honra e muita raça vesti essa camisa, que o torcedor do Atlético não é o número 12, essa torcida é o número 1, o time, as vitórias, os títulos começam pelo torcedor, disse.
Confira a entrevista especial que a Furacao.com fez com Diego:
Após a derrota no primeiro jogo da decisão de 2005, o que o grupo fez para não se abater e reunir forças para o segundo jogo?
O grupo não se abateu com a derrota por 1 a 0 no primeiro jogo. Sabíamos das nossas qualidades técnicas e que poderíamos reverter o quadro. A equipe passou a semana da decisão bastante focada e evitou ao máximo qualquer tipo de provocação ao adversário. Ao pisar o gramado da Arena para o aquecimento, momentos da segunda partida da decisão, fiquei observando a torcida do Furacão que não parava de cantar. Isso me deixou emocionado. O título era questão de honra, principalmente contra o nosso maior rival. No tempo normal, conseguimos fazer nosso gol no segundo tempo com o Dennis Marques. Depois veio a tensão da prorrogação (0 a 0) e a emoção dos pênaltis (4 a 2). Graças ao espírito de luta do nosso grupo e a vibração e incentivo da torcida, conseguimos levantar a taça de campeão estadual de 2005.
Iniciar uma decisão com placar adverso é sempre ruim. Qual o segredo para não se abater com isso?
O segredo é a concentração. Sei das qualidades do Ney Franco e acredito que ele irá conseguir fazer com que o Atlético não caia na provocação do adversário, que iniciará o jogo em vantagem. O Furacão já passou por situações mais adversas do que essa e conseguiu dar a volta por cima. Acredito que se o time entrar com uma pegada forte desde começo da partida e fizer um gol nos primeiros minutos, a pressão irá para o outro lado. Agora serão jogados os 90 minutos restantes da decisão, e sou mais o Atlético! Mas, a torcida do Atlético tem que jogar junto com o time. Eu sempre falei, quando com muita honra e muita raça vesti essa camisa, que o torcedor do Atlético não é o número 12, essa torcida é o número 1, o time, as vitórias, os títulos começam pelo torcedor.
Qual a importância da torcida atleticana na confiança dos atletas em campo?
Coloco a torcida atleticana no pódio das mais apaixonadas e vibrantes do futebol brasileiro. Tenho certeza de que os jogadores do Atlético terão em campo o apoio e a confiança incondicional dessa maravilhosa torcida. Na época que atuei pelo clube, por muitas vezes fiquei arrepiado com tamanha demonstração de carinho e amor a um clube. E neste domingo tenho certeza de que a força do rubro-negro irá prevalecer!
Nessas horas, o apoio da arquibancada pode fazer a diferença?
O jogador que falar que não sente a pressão vinda das arquibancadas está mentindo. Principalmente quando a partida é disputada na Arena da Baixada, que se transforma num verdadeiro Caldeirão. A torcida do Atlético é um espetáculo a parte e irá fazer a diferença mais uma vez. Tenho plena certeza disso!
Qual a mensagem que você deixa aos torcedores e aos jogadores do Atlético para superar esse momento ruim e reunir forças para a conquista do Paranaense 2008?
A mensagem que eu posso deixar é de que nada está perdido e que o Atlético jogando em seus domínios pode muito bem fazer dois ou três gols de diferença. A equipe fez uma campanha primorosa na fase de classificação e bateu o recorde de 12 vitórias consecutivas, superando a marca obtida em 1949, e merece ser coroada com o título estadual de 2008.
Você está acompanhando o Atlético aí do Rio? Muitos jogadores não gostam de admitir uma possível torcida, mas você está torcendo para quem nesta decisão?
Acompanho sempre que posso pela televisão e pela internet, através do site Furacao.com, o que vem acontecendo com o Atlético. Para quem vou torcer na decisão? (risos) É claro que é pelo Furacão, clube pelo qual tive a felicidade de atuar e honrar a camisa. Aí fui muito mais que um profissional, fui um torcedor. E continuarei sendo para sempre. Pois sou grato ao Atlético e ao carinho que recebi e ainda recebo do torcedor.
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