“Transmissão do SPORTV irrita atleticanos” por quê? Pela parcialidade? Por acaso a transamérica quando não narra o gol do adversário está sendo menos parcial? Temos que fazer aqui uma reflexão mais profunda sobre o futebol e a imprensa no Brasil.

Sendo franco e honesto, que representatividade o nosso futebol teve nos últimos 20 anos? O que a Federação Paranaense de Futebol fez pelo nosso futebol em 20 anos? Nossos três maiores clubes tiveram 5 grandes conquistas – dois brasileiros série A e três série B, enfim, somos – como diriam os repórteres bairristas de SP – clubes médios. Ainda sendo sincero, mais do que devia, nossa imprensa é fraca e pouco representativa nacionalmente, óbvio que os nossos times sofrem com isso, pois SP e RJ vêem em RS e MG as segundas forças do futebol brasileiro, transferindo ao PR, GO a terceira força.

Não muito distante numa final de libertadores vimos uma vibração incomum dos narradores esportivos paulistas – MORUNTRI diziam eles, apoiando as palavras de Amoroso.

Outro dia o Juca Kfouri, disse que o “KYOCERA ARENA” era pra fazer repórter esportivo “fazer propaganda” – depois, ele disse que o futebol brasileiro não tem força, nem dinheiro, nem capacidade pra manter jogadores no Brasil, incoerência, não bairrismo. Mesmo sabendo das diferenças dele com o Petralia. Acho que ele se esquece que o time tem que faturar para ser forte, para manter os jogadores no Brasil.

O bairrismo é saudável ao futebol. Assim como a globalização do futebol é saudável. Todos devemos ser globais e bairristas na medida certa. É justa, prudente, tardia e necessária essa luta da dupla ATLETIBA reclamando das péssimas e tendenciosas arbitragens. Como foi delicioso ver o árbitro ignorando o pênalti que fizemos no atlético mineiro.

Futebol é apaixonante por isso, é delicioso por isso. Podemos ser só paixão, sem razão nenhuma. Podemos ser só razão sem paixão nenhuma, podemos ser globais e bairristas ao mesmo tempo. Sermos tendenciosos, vibrar, sorrir, chorar… a imprensa brasileira é assim quando se trata de futebol. Como nós, são bairristas ou globais quando querem e lhe é conveniente.