Há oito anos, Atlético conquistava primeiro título na Arena
Neste 17 de junho, completam-se 8 anos da primeira conquista do Atlético dentro da Arena da Baixada.
A brilhante conquista foi narrada por este site no texto adiante reeditado:
Mais um em cima dos coxas. E na Baixada!
O famoso quadrado mágico, formado por Adriano, Lucas, Kleber e Kelly fez a alegria dos milhares de torcedores que foram conferir a bela campanha atleticana, com 15 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota, obtendo um aproveitamento de 79%. O time terminou o campeonato com um saldo positivo de 31 gols, quando marcou 51 e sofreu 20. O atacante que melhor aproveitou as oportunidades de gol foi Lucas, marcando 11.
Enquanto comemorava seu 76º aniversário, o rubro-negro se preparava para conquistar mais um título. O presente de aniversário veio em forma de vitória no Atletiba de 26 de março de 2000, quando Lucas marcou o gol da vitória, aos 45 minutos do segundo tempo. O jogo terminou 3×2 e, os torcedores que estavam na Arena naquela tarde já sabiam que o time estava preparado para a conquista do título.
A única derrota atleticana demorou a acontecer. Foi apenas na décima rodada, quando enfrentou o União Bandeirante fora de casa (2×0). Antes disso, começou o campeonato batendo o Batel (2×0), empatando com o Rio Branco (0x0), e vencendo Coritiba (3×2), Operário (2×0), Malutron (3×2), Portuguesa Londrinense (4×0). Empatou com Paraná Clube (0x0), goleou o Francisco Beltrão (4×0), Prudentópolis (3×1) e Londrina (5×2)
No ano 2000 o Atlético explodiu a Baixada e comemorou mais um título em cima dos coxas.
Na segunda fase, quando enfrentou em jogos de ida e volta, União Bandeirante (4×1 e 2×1), Prudentópolis (2×2 e 3×1) e Rio Branco (5×3 e 1×0), o rubro-negro não teve problemas para chegar à semifinal. O Atlético disputou a maior parte do campeonato com seu time reserva afinal, estava disputando também a sua primeira Copa Libertadores, a Copa Sul-Minas e a Copa do Brasil, mas para os clássicos os jogadores principais sempre eram convocados. Não foi diferente quando o time passou para as semifinais e, vencendo o Paraná Clube, chegou às finais contra o Coritiba.
Com vantagens das primeiras fases, o Atlético disputou a primeira partida da semifinal no campo adversário, mas não foi difícil passar pelo tricolor. No Pinheirão, Kelly e Adriano marcaram os gols da vitória que aumentaria ainda mais a vantagem. O 3×0 permitiu que o rubro-negro perdesse por até três gols para chegar à final mas, mesmo assim Lucas e Ilan estavam lá para garantir mais uma vitória. Estava desenhada a decisão. Na outra semifinal o Coritiba saiu-se vitorioso e iria enfrentar o Atlético no clássico mais eletrizante do estado.
Dois empates para a glória
Como já era de se esperar, Atlético e Coritiba apresentaram a rivalidade típica do clássico. Com a mesma vantagem que obtinha na fase anterior, o Atlético foi disputar o primeiro jogo no Couto Pereira diante de mais de 37 mil torcedores. O Coritiba, que estava jogando em casa, tentava reverter a vantagem, mas o seu novo esquema de jogo não foi capaz de estragar a festa atleticana. O meia Adriano abriu o placar no final do primeiro tempo, mas não demorou muito e Cléber, do Coritiba, empatou com um gol de pênalti. No segundo tempo o jogo continuou truncado e, nenhum dos times conseguiu marcar mais gols. Para os atleticanos, a festa estava armada na Arena da Baixada, onde seria o segundo jogo, no fim-de-semana seguinte.
A semana seguiu com provocações dos dois lados, a cidade respirava o Atletiba e os torcedores esgotavam os ingressos para o jogo. Naquele sábado sairia o último campeão do milênio. E, para alegria dos atleticanos, a Arena explodiu em vermelho e preto. Apesar de não ter sido fácil, afinal o Coritiba largou na frente com um gol de Leandro Tavares, o capitão Reginaldo Cachorrão pôde erguer a taça quando o zagueiro Gustavo cabeceou para o fundo das redes, marcando o gol do título. E, apesar de expulso no minuto seguinte, o herói atleticano foi o mais festejado. O Atlético estava conquistando o seu 17º título paranaense.
A Campanha
21 jogos: 15 vitórias / 5 empates / 1 derrota / 51 GP / 20 GC
1ª fase:
12/03 Batel 0 x 2 Atlético
18/03 Atlético 0 x 0 Rio Branco
26/03 Atlético 3 x 2 Coritiba
29/03 Operário 0 x 2 Atlético
01/04 Atlético 3 x 2 Malutron
07/04 Atlético 4 x 0 Portuguesa Londrinense
09/04 Paraná 0 x 0 Atlético
15/04 Atlético 4 x 0 Francisco Beltrão
18/04 Atlético 3 x 1 Prudentópolis
20/04 União Bandeirante 2 x 0 Atlético
22/04 Londrina 2 x 5 Atlético
2ª fase:
28/04 União Bandeirante 1 x 4 Atlético
20/05 Atlético 2 x 1 União Bandeirante
30/04 Prudentópolis 2 x 2 Atlético
13/05 Atlético 3 x 1 Prudentópolis
06/05 Atlético 5 x 3 Rio Branco
18/05 Rio Branco 0 x 1 Atlético
Semifinal
28/05 Paraná 0 x 3 Atlético
03/06 Atlético 3 x 1 Paraná
Final
Coritiba 1 x 1 Atlético
Atlético 1 x 1 Coritiba
Artilheiros:
Lucas 11 gols
Adauto 8 gols
Kleber 7 gols
Adriano, Gustavo, Kelly, Luizinho Netto e Silvinho 3 gols
Alexandre e Silas 2 gols
Gauchinho, Gílson Batata, Goiano, Júlio César, Kleberson e Marcus Vinícius – 1 gol
Personagens
Lucas: foi o artilheiro atleticano no Campeonato, marcando 11 dos 51 gols do time. Revelado pelo próprio clube, 2000 foi o ano em que o artilheiro consagrou o clube e a ele mesmo.
Gustavo: com seu jeitão truncado, não imagina tornar-se ídolo da maneira que foi. Marcou o gol do título, contra o maior rival, o Coritiba e, apesar de expulso logo em seguida, foi erguido por seus companheiros como o herói do título.
Flávio: O Pantera soube segurar os chutes adversários e sair da competição como goleiro menos vazado. Desde sua chegada ao rubro-negro, Flávio já havia conquistado um título paranaense (98), a Copa Paraná (98) e o título da Seletiva para a Libertadores e não via a hora de ajudar o time a conquistar mais um.
Ficha Técnica:
Paranaense – (17/06/00) – Atlético 1 x 1 Coritiba – Baixada
A: Oscar Roberto Godói (PR); CA: Leonardo e João Santos; CV: Flávio (C) e Gustavo; P: 27.645; R: R$ 306.340,00; G: Leandro Tavares, aos 6 e Gustavo, aos 32 do 2º.
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE: Flávio; Luisinho Netto, Reginaldo, Gustavo e Jorginho Paulista (Gílson Batata); Marcus Vinícius, Goiano (Silvinho), Adriano e Kelly (Silas); Lucas e Kléber. T: Vadão.
Coritiba: Gilberto; Reginaldo Araújo, Leonardo, Flávio e Renatinho; Ataliba, Veiga, João Santos e Leandro Tavares; Marquinhos (Luciano) e Cléber (Ânderson). T: Paquito.
Confira um vídeo da celebração do título, na sugestão enviada por Thiago Jaruga: