25 jun 2008 - 10h18

Uma câmera na mão e o atleticanismo no coração

O amor, a dedicação, o fanatismo, a paixão, a alma e o sangue de guerreiro de todo atleticano. Esses foram alguns dos temas (e inspirações) que levaram o torcedor Andre Luiz Raittz a expressar o seu atleticanismo de uma forma original, criando um documentário com a identidade rubro-negra, retratando a influência da torcida nos jogos do Furacão e a importância do torcedor para dar vida ao Atlético.

Isso tudo é retratado no filme "Fanáticos – A Paixão de uma Nação", um documentário sobre o Clube Atlético Paranaense expressado em seu principal patrimônio: a torcida atleticana, suas histórias, perspectivas e estimativas. "É um documentário sobre a influência da torcida nos jogos do Furacão, no seu modo de viver, passando pelas histórias mais marcantes, a organizada, a maior emoção e até quando essa paixão vai nos motivar a fazer coisas tão lindas pelo Furacão. Tudo sempre ligado a várias imagens, a maioria delas captadas no último jogo da final do Paranaense 2008, onde resgatamos uma torcida e incendiamos o Caldeirão", disse.

Ao todo, o documentário tem cerca de 30 minutos e conta com depoimentos e entrevistas de atleticanos que exaltam o seu amor pelo Rubro-Negro. Entre os temas abordados estão a velha Baixada, a presença rubro-negra nos jogos e a torcida organizada.

Produção independente

O principal diferencial do documentário "Fanáticos – A Paixão de uma Nação" está no caráter independente da produção, feita com recursos próprios. "O filme é feito por um atleticano totalmente de forma independente. Com uma câmera no ombro, muitas idéias na cabeça, o rubro-negro no coração e nada, exatamente nada de orçamento, quis provar que novamente a união e o amor que os atleticanos sentem pela camisa rubro-negra são capazes de coisas inacreditáveis", explica Andre.

Filmagens foram feitas em três dias


A principal motivação para dar vida ao documentário foi justamente retratar através de depoimentos e imagens o amor e a relação de cumplicidade do atleticano com o clube. "Quando comecei esse projeto tinha em mente que não importa o preço que seja pago, não importam as situações que estejamos expostos, não importa o dinheiro que gastarei… a única coisa que quero neste momento é ajudar da melhor maneira possível, é demonstrar para o mundo o quanto essa torcida é apaixonada, o quanto esse clube é grande e até onde podemos chegar unidos. Pois nada é impossível para um Atlético unido!", revela.

Segundo Andre, o documentário já está editado e tem o primeiro tratamento da cópia master produzida. "Porém, o projeto se encontra atualmente parado pela falta de recursos financeiros. Está no papel o planejamento de novas filmagens para serem incorporadas ao filme, novas entrevistas e imagens, porém a falta de verba nos obriga a estacionarmos até que, se não conseguir patrocínio, consigamos novos recursos próprios para dar continuidade a esse projeto", diz.

Uma amostra do filme pode ser vista no clipe produzido pelo diretor e veiculado no You Tube:

Os atleticanos interessados em colaborar com a continuidade desse projeto podem entrar em contato com Andre Luiz Raittz, dando as suas contribuições ou mesmo patrocinando a continuidade do documentário "Fanáticos – A Paixão de uma Nação", ajudando a tornar eterna uma paixão que para cada torcedor a cada dia maior! O e-mail dele é: raittzsobrinho@gmail.com.

"O que eu posso fazer a mais para o meu Atlético?"

Para saber um pouco mais sobre o documentário "Fanáticos – A Paixão de uma Nação", a Furacao.com fez uma entrevista exclusiva com o atleticano Andre Luiz Raittz. Nela, ele conta um pouco mais sobre o projeto, as dificuldades em fazer uma produção independente e, principalmente, o desejo de demonstrar, a cada instante, o amor e o fanatismo que movem todos os atleticanos.

Como surgiu a idéia de fazer um documentário que retrate o amor do Atlético pela sua torcida?
Bem, o Atlético é uma paixão, e todos os atleticanos sabem disso. Eu sempre me pergunto a cada dia: o que eu posso fazer a mais para o meu Atlético?. E o que eu podia fazer no momento era mostrar ao mundo o quanto somos apaixonados, o quanto somos vibrantes e o quanto o Atlético significa para nós! Eu não sei explicar da onde surgiu a idéia. Na verdade, acredito que é paixão, pura paixão.

Quando o documentário começou a ser idealizado?
Esse filme foi idealizado em setembro de 2007. A sua pré-produção começou a acontecer em novembro de 2007 e as filmagens foram rodadas no inicio de 2008, mais exatamente nos meses de abril e maio, tendo a sua última filmagem no Atletiba da final do Paranaense 2008, na Baixada. É um filme documentário de aproximadamente 30 minutos, produzido de maneira independente, cujas entrevistas falam da história de torcedores atleticanos, que abordam temas como a velha Baixada, a organizada, emoções que tiveram durante os jogos do Atlético, assim como imagens da torcida e um extra com o ensaio da bateria na sede da Torcida Organizada Os Fanáticos.

Por que você escolheu a torcida para expressar esse atleticanismo?
A torcida do Atlético é a torcida mais linda do mundo! Antes do tema "torcida" pintar em minha cabeça, algumas outras opções tinham sido cogitadas: o clube, a Baixada, o CT, o Brasileirão de 2001, o vice da Libertadores. Mas eram temas institucionais e não era isso o que eu queria representar no momento. Eu queria externar todo aquele sentimento de amor pelo clube e nada mais bonito que a nossa torcida para ilustrar esse papel. No Paraná e no Sul do Brasil todos conhecem a nossa fama de fanáticos, o que precisamos fazer é mostrar para cada vez mais gente a força do nosso amor!

Andre não contou com nenhum apoio financeiro


Quais são os temas que estão sendo mostrados no documentário?
O documentário inicia com relatos dos entrevistados sobre a influência da torcida nos jogos do Furacão, no seu modo de viver, passando pelas histórias mais marcantes, a organizada, a maior emoção e até quando essa paixão vai nos motivar a fazer coisas tão lindas pelo Furacão. Tudo sempre linkado com várias imagens, a maioria delas captadas no último jogo da final do Paranaense 2008, onde resgatamos uma torcida e incendiamos o Caldeirão!

Como foi o trabalho de produção do documentário?
O processo de produção foi completamente independente. Minha família é toda de Curitiba, porém estou morando em Joaçaba até finalizar a minha faculdade. Após o roteiro escrito e todos os contatos feitos, convidei uma Diretora de Arte, muito minha amiga, chamada Fabiana Schereiber, para viajarmos a Curitiba, onde executaríamos as filmagens em um curto espaço de tempo. Foram apenas três dias de filmagem, contando com o domingo do Atletiba. Conseguimos uma câmera emprestada com muito custo e com o intermédio do professor Arnaldo Ferreira, não havia equipe na produção pois esse documentário foi feito com verba zero, até as passagens de ônibus foram pagas por nós. Como não havia equipe, eu e a Fabiana repartimos as funções, enquanto ela fazia a produção executiva e a direção de arte, eu fazia a direção de foto, a direção e era cinegrafista.

Como foi a seleção dos personagens?
Em todo esse tempo, o que a gente acumula na vida são as boas amizades. Com alguns contatos consegui acesso a alguns ícones da torcida atleticana como o saudoso amigo Julião (presidente da TOF), o Suke (vice-presidente da TOF), Francisco Camargo (neto do lendário Marrecão, jogador do Atlético de 1925), dentre muitas outras personalidades e anônimos que contribuíram de forma ímpar para o sucesso das filmagens.

O projeto agora se encontra paralisado, por falta de recursos. Que tipo de apoio você necessita para dar seqüência ao trabalho?
A edição deste material já se encontra finalizada, porém de maneira independente. O projeto ainda está em aberto, pois não conseguimos fazer todas as entrevistas que gostaríamos pela falta de tempo e orçamento. Temos planos em um futuro bem próximo fazer mais algumas filmagens e lançarmos uma segunda edição com mais conteúdo extra e uma nova abordagem visual muito além de tudo que já foi produzido em matéria de torcidas no Brasil e fora dele. Já temos uma cópia master em DVD, porém o dinheiro acabou faz tempo e nem as cópias arquivo para os entrevistados conseguimos fazer ainda.

Eu acredito que qualquer apoio, seja financeiro, seja com material físico (DVDs virgens, capas, tintas), seja com o registro da obra para podermos comercializar.

Após concluído o trabalho, como será a logística para a comercialização do documentário aos outros atleticanos?
Bem, a logística será de atleticanos para atleticanos, mesmo. Procuraremos parceiros para a comercialização deste material em primeira instância ou se os ventos nos forem a favor registraremos a obra e faremos uma distribuição nacional, o que seria magnífico. Uma coisa bacana nesse projeto é como a causa dele é colaborar com o Atlético e seus representantes (toda a nação rubro-negra), todo e qualquer lucro destes DVDs será doado para as instituições da torcida atleticana, seja em material para a organizada, ajuda financeira para o mosaico, ajuda financeira na campanha das bexigas, enfim, ele não tem nenhum fim lucrativo, e só está sendo lançado para ajudar ainda mais a nossa torcida se firmar como a maior e mais bonita do Brasil e para ajudar o nosso clube a cada vez mais nos dar alegrias e orgulho.



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