Qual o problema do 3-5-2?
O CAP tem uma das melhores zagas do Brasil se Danilo, Antonio Carlos e Rhodolfo jogam juntos. Isso é fato incontestável.
E, como diz R. Fernandes, é necessário jogar com apenas um volante se há três zagueiros.
Temos dois alas excelentes no apoio. Márcio Azevedo é exímio driblador e sabe cruzar como poucos. Já Nei é um guerreiro incansável e tem ótimo domínio de bola, o que facilita triangulações nas jogadas de linha de fundo.
Valencia é ótimo jogador, mas anda meio displicente. Cometendo várias faltas desnecessárias, enquanto Alan Bahia vive, na minha opinião, a melhor fase da carreira, sendo um ídolo rubro-negro nato.
Portanto, pergunto: qual o problema de escalar três zagueiros e um meio-campo com Nei, Julio dos Santos, Alan Bahia, Ferreira e Márcio Azevedo?
Ou, já que Marcelo Ramos definitivamente não tem condições físicas de praticar futebol em nível profissional, por que não escalar Netinho no meio-campo e adiantar Ferreira para jogar com Julio Cesar?
Há treinadores que ‘elegem’ uma formação tática e tentam adaptar os jogadores a ela. Às vezes dá certo e os teimosos se consagram. Muricy e Abel Braga sempre jogam do mesmo jeito. Quando têm um elenco qualificado o resultado vem de uma forma ou de outra.
Mas os melhores treinadores do país formatam o esquema tático de maneira que as qualidades de seus jogadores sejam melhor aproveitadas. Luxemburgo e Felipão, por exemplo, nunca teimaram num esquema tático fixo.
Cabe a Roberto Fernandes render-se ao óbvio: é um pecado obrigar Nei e M. Azevedo a desgastarem-se marcando ao lado de Danilo, que não joga bem com apenas um companheiro de posição. Pronto.
E, como eu disse semana passada, Marcelo Ramos, pede sair!