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O início irregular do Santos no Brasileirão alterou o ambiente no clube. Cuca antecipou a concentração do elenco para evitar excessos noturnos e aguarda ansiosamente a estréia de seis reforços. Artilheiro do time no ano, Kléber Pereira diz ter evitado passeios para não ouvir desaforos.

17º colocado no Nacional, o time da Vila Belmiro não pode demorar a iniciar reação, salienta Pereira, que teme a disparada dos demais adversários. Enquanto o Santos seguir entre os ameaçados pelo rebaixamento, sair de casa será um desafio, conta o jogador.

"Não dá nem pra sair. A cidade é pequena. Se você sai todo mundo vai saber. Todos aqui são pai de família. Tem que haver um pouco mais de responsabilidade. Está difícil até para pôr gasolina. Me incomoda bastante", diz Pereira.

"Daqui a pouco acaba o campeonato. Não podemos demorar muito. Temos um baita time", acrescenta.

A decisão de Cuca em adotar período maior enclausurado no CT teve como alvo conter abusos de jogadores, embora o técnico tenha evitado citar nomes. Kleber Pereira nega ser boêmio e diz ser apenas um cidadão comum, que gosta de diversão, sem abusos.

"Já disseram que eu estava há duas semanas em baladas no Guarujá e Praia Grande. Mas eu nem ando por lá. Tenho medo. Se o Pelé foi roubado por lá, imagine o que seria de mim. Na hora que o Santos melhorar, os jogadores vão poder tomar sua cerveja, sua guaraná. Com essa lei seca ficará difícil dirigir".

Na tentativa de reforçar a união entre os jogadores, Pereira "ministrou" reunião com o elenco no campo do CT nesta quarta-feira. Os atletas abordaram a situação do time no torneio e esquema de concentração. Com seis pontos em oito partidas, o Santos encara o Atlético no sábado, na Arena da Baixada.