Galactus
Meninos, eu vi o Roberto jogar no gol do Atlético.
Era um goleiro que salvava o time. Não era um Deus do gol, mas foi Bola de Ouro da Placar lá em mil novecentos e lá vai bolinha.
Ídolo e craque. Num tempo em que jogávamos contra o Flamengo do Zico, São Paulo do Dario Pereira, Corinthians do Sócrates…
Foi para o Vasco e virou Roberto Costa, porque era o Vasco do Roberto Dinamite.
Depois vi no nosso gol o Rafael, que era muito bom, mas um coração de pedra que foi jogar nos coxas e lá virou ídolo do campeonato brasileiro de 85.
Teve Marolla, que até que era bom, mas a torcida insistia em chamar de frangueiro.
Bem depois, já na Arena, veio o Flávio, que se soubesse arrumar a barreira daria (com muito esforço) para tentar aproximar do Roberto.
Teve Diego, craque só do marketing.
Mais recentemente tivemos muitos goleiros jovens e promissores, tão promissores que foram embora.
O Vinícius está contundido e deu a chance do reserva fazer alguns jogos. Que pena para ele, que bom para o Atlético.
Galatto é famoso porque esteve na Batalha dos Aflitos, quando o melhor jogador em campo foi o árbitro.
Contra o Santos, foi o melhor em campo e salvou a lavoura.
Muito por responsabilidade dele, muito por ausência de outros craques na linha, mas isso já é outra história.
Na minha cabeça de gibi ele já mudou de Gelatto (o sorvete) para Galactus (o devorador de mundos).