Técnico reclama do árbitro, mas reconhece derrota
O técnico Roberto Fernandes comentou a derrota do Atlético para o Fluminense por 3 a 0 na noite desta quarta-feira no Estádio do Maracanã. Na avalição do treinador, o jogo foi muito diferente depois da expulsão do lateral-direita Nei, aos 15 minutos do segundo tempo. Até então, o Rubro-Negro jogava bem e tinha chances de conseguir o empate. Fernandes disse que a expulsão foi injusta e "estranha", na medida em que nos últimos jogos fora de casa o time tem tido sempre um jogador expulso.
Fernandes acha que o Fluminense foi competente para explorar os espaços quando ficou com um jogador a mais e definiu a vitória com dois gols de contra-ataque. Ele reclamou da defesa, que não fez uma falta para impedir a jogada do segundo gol tricolor.
O treinador ainda lamentou a grande quantidade de problemas para escalar o time, com jogadores suspensos, machucados e sem condições de jogo. Por fim, ele comentou o fato de uma coluna publicada no site oficial do Atlético ter repercutido intensamente no Rio de Janeiro e quais os efeitos que isso causou no jogo. Confira as principais passagens da coletiva:
ARBITRAGEM
"Parece choro, mas não é. É o terceiro jogo consecutivo do Atlético fora de casa que temos um jogador expulso fora de casa. Mais uma vez a gente perde um jogador e com um jogador a menos jogando contra o Fluminense com praticamente a mesma equipe que fez três gols no campeão da Libertadores, você acaba levando mais gols. Quando o Atlético tinha um jogador a menos, uma das formas de tentar o empate era na bola parada. E na bola parada acabamos sofrendo um contra-ataque e levando o segundo gol."
FALHA NO PRIMEIRO GOL
"Nós mostramos várias vezes como o Fluminense se posicionava no escanteio, mas não deu, paciência. Um dos méritos do futebol é esse, é saber se desmarcar e eles souberam."
MUDANÇAS A CADA JOGO
"Não tem o que fazer. Jogadores que a gente não têm a condição de colocar para jogar, jogadores que não podem jogar pelo departamento médico não tem o que fazer. O que posso fazer estou dando seqüência. Quem está suspenso, quem está no DM e quem não tem regularização, não tem o que o treinador fazer."
SUBSTITUIÇÕES
"Eu coloquei [o Douglas Maia] tentando fazer a recomposição. O Atlético é uma equipe que há muito tempo joga com três zagueiros e não ia ser com um a menos que eu ia deixar com dois zagueiros. Coloquei o Douglas Maia para recompor e o Ferreira passou a ter dupla função. Fizemos a modificação que cabia na esperança de tentar buscar um gol. Coloquei o Douglas Maia, o Pimba e o Joãozinho, não coloquei zagueiro, não coloquei volante."
DERROTA FOI INJUSTA?
"Não, porque eu acho que futebol é fruto daquilo que você faz dentro de campo. Em diversos momentos da partida, o Fluminense trabalha deixando sua zaga no mano a mano e confia na sua zaga. Por isso, uma das formas de tentar o empate seria na bola parada. Se é feita a falta no Conca, de forma leal, tudo estaria resolvido. Não fizemos a falta, de maneira inocente. Não considero de forma injusta. Futebol não tem dessa coisa não. É saber aproveitar as oportunidades e o Fluminense soube aproveitar as oportunidades."
REFLEXOS DA DERROTA
"A derrota reflete já no próprio jogo. Mais uma vez uma expulsão polêmica, porque o Nei não tocou no Luiz Alberto. Esse é o quarto jogo consecutivo que temos um jogador expulso numa situação igual. A história do jogo era uma e ficou diferente depois disso."
DESFALQUES
"Nós temos problemas de todas as ordens. Temos jogadores importantes que seriam titulares entregues ao departamento médico, jogadores importantes que vieram no intuito de serem titulares, mas que não têm condições devido a essa janela de agosto e jogadores importantes suspensos."
ERROS DE ARBITRAGEM
"Nós temos um departamento jurídico com capacidade de analisar isso aí e isso foge da minha mão, porque o que está no meu controle estamos fazendo o que é necessário."
COLUNA DO SITE OFICIAL
"Eu não cheguei a ver isso, mas quem escreveu isso é que deveria estar aqui para responder isso ou ser procurado para responder. O que eu posso falar é que nem de minha parte nem de ninguém da comissão técnica partiu uma insanidade dessa. Tanto deu [motivação ao Fluminense] que a torcida do Fluminense terminou o jogo chamando os jogadores de palhaço, me chamando de palhaço e chamando o time de palhaço. Quem escreveu isso certamente devia estar na sua poltrona em casa dando risada."