Resposta ao texto ‘Palhaços’
Admito que o palhaço é o ladrão de mulher. Diverte nossas crianças e tem nosso respeito. O contexto e a semântica entretanto divergem da coluna, se o sr. consegue entender isso. Veja-se numa situação de trânsito em que por um erro seu fechou um carro, coisa simples. Mas, o outro motorista sai do carro e em altos brados o chama de PALHAÇO de forma irritada e com ares de querer briga. O vocábulo passa a ser de outra conotação, concorda. Ainda mais quando um artigo generaliza a um estado inteiro, que se não é orgulho do país, faz parte da federação e se inclui como nosso estado irmão. Reparou como o texto toma outro rumo ? Que o RENATO diga o que quer, já o fazia como jogador e ninguém ligava, como não liga até hoje. Ele, sim conseguiu motivação para um mediano time do Equador tomar isso como provocação e cheio de brios, levar o título. Há alguns jogadores que longe de serem intelectuais vivem brincando com as palavras ( VAMPETA E SOUZA ) mas mesmo assim suas brincadeiras ficam no campo da pura gozação e motivam os jogos em que participam, sem violência ou rivalidade acirrada criada fora do campo. Apenas jogadas de marketing. O RENATO foi mais infeliz, pois ocupa cargo de comando e deveria ter pensado. Mas quem não pensa, fala o que não deve e escuta o que não quer. Mas não ao ponto que o mesmo Juliano chegou ( este sim exacerbou o verbo ) ainda mais partindo do raciocínio de que o mesmo é da área de comunicação. Pior ainda, quando o Clube endossa suas palavras como expressão da livre opinião democrática. Até na DEMOCRACIA existem limites para o que se fala, pois quem as diz, pode responder por calúnia, difamação ou injúria na esfera penal e ainda responder civilmente por danos morais. Então, caro rubro negro, apenas repense a forma como se dizem as coisas e verá que tudo não é exatamente como nós pensamos. E, se ele, pobre RENATO, QUER BRINCAR e cair pra segunda divisão, o problema é dele, do Fluminense e aí nós não teríamos o mínimo interesse pela sua opinião. Outro dado, se o sr. leu a última matéria do mesmo colunista, e peço que verifique, este começa parabenizando a vitória do Fluminense em tom mais brando e de forma subliminar pede desculpas pelo excesso, até porque, muita gente encaminhou textos a ele, de forma ameaçadora, e hoje tenho certeza, de que o mesmo anda olhando pros lados e não dormindo tranquilo por sua infeliz tentativa de ser o centro das atenções, ainda mais que os e-mails que recebeu vieram do RJ, um estado onde a lei não impera e que se mata de graça, por encomenda como se não existisse um governo oficial, que sabemos não há e onde impera o poder paralelo de gangues, milícias que não estão nem aí para acabar com quem quer que seja. Num mundo de tanta informação disponível, não é difícil localizar qualquer pessoa, que o diga o orgâo do governo chamado ABIN e mesmo relembrando os tempos da ditadura, quando os serviços de inteligência sabiam da vida de todos nós. Nâo sei sua idade, moro numa região também perigosa, fronteira de Foz do Iguaçu e aqui temos consciência de que diplomacia é fundamental para mantermos harmonia e dormirmos sem sobressaltos. O mundo mudou, pra pior, infelizmente. As pessoas se matam a troco de merreca. Por isso o respeito e não o atrevimento desmedido devem trilhar nossas atitudes, atos e palavras, pois elas ficam marcadas e lá sabemos nós quem vão atingir e quem pode sentir-se ofendido e achar que merece retaliação.
Por fim, o futebol atingiu níveis de paixão acima de qualquer outro sentimento, e as frequentes brigas de torcida, de gangues, de organizadas tem que nos fazer levar a pensar que o que era uma diversão, hoje está longe de ser. A retórica parece irreal, surreal, mas existe na mentalidade de muita gente, que vê às vezes ofensa onde não existe e parte para ação contrária.
Então, primeiro não parabenize o sujeito, pois foi insano, infeliz e irresponsável e segundo não tome o mesmo rumo, pois nosso mundo não é mais o mesmo e as ações criminosas não levam em conta quem é quem, basta ver diariamente nos noticiários policiais, que ninguém mais está a salvo em qualquer canto do país, onde instalou-se o poder paralelo já citado acima: das drogas, das armas, do contrabando, do lenocínio, da pedofilia e não espere que a justiça seja a salvaguarda do cidadão, eis que em menos de dois dias tivemos uma das mais escandalosas demonstrações de que o Judiciário tem suas vertentes, justas ou não, tecnicas ou não, de soltar pessoas de grande poder econômico, inclusive com a crítica velada aos orgãos da polícia, da promotoria e mesmo do judiciário de primeira instância.
Esse nosso país, caro rubro negro, e tudo isso no contexto e conjunto dessa singela matéria nos assusta, razão pela qual, podemos expressar nossas opiniões, porquanto direito fundamental assegurado pela Constituição. Bonito isso, na teoria, só que na prática a teoria é outra. Pense e reflita e veja que a liberdade de expressão tem que ter o seu limite na ética, no respeito, e aí preocupar-se antes de tudo em nunca se generalizar minorias por sua região, credo, cor, etnia, eis que passamos a discriminar. E isso é um perigo.
Apenas para sua reflexão e que venha o Inter e com nosso modesto time consigamos tres pontos.