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14 jul 2008 - 18h40

Chico, o grande destaque

Empate dentro de casa, realmente preocupa (refiro-me ao embate contra o Internacional). Aspectos positivos desse jogo, todavia, devem ser destacados. Ao meu ver, foram, principalmente, três: a definitiva afirmação do nosso Alan Bahia, como jogador de grande qualidade técnica e muita personalidade; a performance irrepreensível do menino Chico -que simplesmente anulou por completo o excepcional Nilmar e a grande atuação de Douglas Maia, principalmente no apoio ao ataque -ou seja, o outro menino que também estava em campo-. Estes dois últimos provaram que são opções reais para o team. Quanto ao goleiro Gallato -que impressiona pela tranquilidade e eficiência-, penso que deve aprimorar dois fundamentos: reposição de bola e saída do gol em jogadas aéreas. Joãozinho, de sua vez, demonstrou que tem qualidade, mas precisa de ritmo de jogo e entrosamento na equipe -aliás, a equipe toda precisa de entrosamento-. Júlio dos Santos, que possui toque refinado e é bom jogador, necessita de definição do treinador quanto a sua função dentro do campo de jogo.Márcio Azevedo é excelente apoiador, mas precisa de alguém que encoste nele para fazer as jogadas pelo lado esquerdo.No final das contas, pelo menos, não perdemos o meio-campo, como aconteceu na partida contra o Santos -nem poderíamos perder, pois o Fernandes deu uma povoada geral nesse setor do gramado (Bahia,Valência, Júlio dos Santos, Ferreira -que voltava vez por outra- e mais os alas Douglas e Márcio que, as mais das vezes, também estavam por ali). O pênalti marcado a nosso favor não existiu; aliás, como também não existiram nenhum dos três que, contra nós, foram assinalados em Porto Alegre, no jogo contra o Grêmio de Football ‘Penaltinense’ -é dizer; ainda temos mais dois de crédito-. O Danilo -para mim, nosso zagueiro mais eficente-, fez falta ontem (acho que, caso estivesse jogando, não tomaríamos aquele gol de cabeça). O Chico, ao meu ver, não pode mais sair do team (o Valência, com toda a sua qualidade, tem que tirar umas férias forçadas no banco de suplentes). O Kelly precisa estrear, para jogar no ataque, ao lado do Joãozinho, do Pedro Oldoni ou do He-Man -quem estiver melhor-. O Fernandes é bom treinador, mas precisa se emocionar menos durante os jogos -a emoção exacerbada, não raro, propicia o cometimento de erros primários-. Quem somente sabe apontar defeitos, é incapaz de enxergar virtudes. Ao meu ver, nem tudo está perdido.



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