Como é bonito ver nossa torcida, nossas bandeiras tremulando, mas … O Atlético não soube se manter grande, esta é a realidade, dura porém real. Quem tem ido seguro, ao ir à Arena, em ver um bom futebol nos últimos 4 anos. Nossas metas são de time médio, e time médio almeja não cair para segundona ou talvez uma Sul-Americana, se contenta ou se deprime com um clássico vencido ou perdido. De vez em quando um time médio consegue formar um bom time. O Atlético já não forma um time bom desde 2003 (em 2004 a Libertadores foi um milagre, lembram-se dos 4 x 0). No últimos 4 anos tivemos como ídolos apenas o Ferreira (este seria o único que entraria no time em 2003), o Alan Bahia (pelo amor ao Clube), o Claiton (por meia dúzia de jogos), o Alex Mineiro . Somos viúvas do Jadson, do Fernandinho, do Washington (pergunto: tivemos centroavante depois dele). Mesmo nos tempos de vacas magras tinhamos pelo menos um ídolo a adorar e venerar (Sicupira, Assis, Nivaldo, Ziquita, etc.) Não há dúvidas que o Atlético cresceu, mas infelizmente não soube se manter grande. Não consegue fazer um campeonato brasileiro digno a 4 anos (melhor posição 6º Lugar, mas sem chances desde a 10ª rodada), na Copa do Brasil não passamos das 8ª de final, no Campeonato Paranaense apenas um título conseguido nos penaltis, dois perdidos em casa). O que mais temos é uma divisão de torcidas, aqueles que acham que o time é grande, e aqueles que sabem que é um time médio. Fico a imaginar quantos atleticanos não se iludiram com a frase ‘depois que tivermos estrutura seremos campeões ou disputaremos títulos sempre’ A realidade é que o Atlético não compra um jogador de peso (daqueles de se esperar no Aeroporto) a mais de 5 anos, vivemos de eternas promessas. Só temos tido técnicos de time médio a mais de cinco anos, com tendência a ter técnicos tampões. Não temos patrocínio nas camisas, mas temos a arrogância de recusarmos (ou sermos recusados) patrocínios significativos, por não pagarem o preço que o grande Atlético solicita. Brigamos com todo mundo, prá quê? Sermos 12º no Campeonato Brasileiro, ou para arrumar desculpa, não pelos fracassos mas pelas não vitórias. Talvez uma 2ª divisão nos traga de volta a razão e principalmente a boa emoção. Talvez amenize a arrogância, talvez resgate a alegria de ir a Baixada.