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17 jul 2008 - 15h21

Expresso (de volta) para Timbu

Você já viu esse filme? Eu já, mas com outros atores: é um clássico, todo mundo no ‘remake’. Sinopse: jogadores resolvem fritar um técnico, em pleno calor do fogão no gramado. Mas eles têm motivo para tal. Ontem teve gente saindo da frente pra cruzeirense chutar. Não viu quem não quis. Isto é uma coisa.

-‘Seo Bob, seo Bob! Non esqueça as cuecas! Foram pra lavanderia especializada porque tava difício tirá aquela freada de caminhão!’ – disse Mariazinha.

Outra coisa é o time. Antônio Carlos e Rodolpho (do Danilo eu não falo mais): um pior que o outro, não saíram do chão, sempre chegando atrasados, só chutão, até contra o próprio gol; bola na nossa área é pior do que muié pelada correndo em zona cheia: vale tudo, mas ninguém sabe o que fazer. É o pastelão dos 3 patetas.

Nei é doente mental; acertou 2 passos no jogo, errou mais de 20; desequilibrado, só não foi expulso de novo porque o Juiz deve ter algum parente atleticano, ficou com pena da nossa torcida: que volte para as telas. Márcio Azevedo tem transtorno bipolar: não sabe onde está, se na lateral, dentro da área ou fora do campo, precisa de tratamento psiquiátrico acompanhado de um geógrafo.

Os volantes montaram a tal ‘barreira’ que os locutores e cronistas viram, mais ninguém viu. Os que viram, são os mesmos que acham que o Atlético jogou bem: minha Nossa Senhora das Águas Potáveis! Aonde estamos, Sexta-Feira? (disse Robinson, totalmente lost).

Dos Santos, até que passa bem, mas seu lugar certo por enquanto é no banco. Joãozinho não tem bússola: seu cabelo macarrão japonês está lhe atrapalhando a visão, não consegue ver a linha de impedimento.

Time que não passa, não cruza, não lança, não bate escanteios na área (nunca vi isso!), não sabe bater lateral, não tem posicionamento, não tem tática (é o 9-0-1). Concluindo: não tem nada disso porque não tem treinador!

Coitado do Ferreira, dá dó ver ele jogar sozinho. Agora, o goleiro há de se ressaltar: é muito bom. Não fosse ele, levaríamos de goleadas.

‘Professor’: veio com o jargão de ‘ofensivo’. Ora ora, caro Bob: ofensivo são as pífias apresentações sob sua batuta torta, em desrespeito total à nossa torcida! Ofensivo foi o nascimento do Eurico Miranda, saindo aos berros do útero de sua mãe aos berros dela! Ofensivo são suas substituições! Ofensivo é dizer que He Man, Fernando e Kelly vão transformar radicalmente o time em agosto!

Virou a casa da mãe Joana. A casa da dona Aurora, casa do Sifo Demos. Tão engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não, porque na casa não tinha chão. Mas era feita com muito esmero.

Teve sua chance. Já se foi galão abaixo. O problema é saber quem vem agora. Será a continuidade do laboratório experimental de técnicos da filosofia de trabalho petraglista? Então virá outro ‘Pierrot’ do interior do estado? Ou um cabeçudo carioca? Pode ser um matutão do carrossel paulista. Até um ‘Mais Pior’ da 3ª divisão de Portugal. Talvez outro Xenhenhém do nordeste.

Hoje de manhã, no flat, chega a camareira e bate na porta:

-‘Seo Bob! O sr. está chorando?’

-‘Que nada, cabra da peste! Tô me limpando!’ – disse Bob tentando fechar a mala que já estava pronta antes do jogo.

-‘Dá licença que eu tenho que limpá o quarto!’ – e Mariazinha foi entrando com a chave extra.

-‘Tá louca, ô fia dum jegue? Tá vendo que eu tô pelado não?’

-‘Dá nada seo Bob! Todo mundo sabe que o sr. num tem é nada de ofensivo! Fica susse e me dexa trabaiá, ô seu rapadura mole!’

-‘Óia, bichinha! Tu não me conhece! Vai ver que um dia eu vô fazer o Mior sucesso!’ – e desceu correndo as escadas, pois podia encontrar com algum Atleticano no elevador.

Mariazinha pensando:

-‘Ai, ai…quem será que vem agora? podia ser um técnico de verdade, né…um que ATACASSE! Que sodade daquele gênio pançudinho, aquilo sim é que era hómi! Deus, mi ajude!’

No céu, Deus conversando com São Pedro:

-‘Tira essa gravata verde e me ajuda a escolher o próximo boneco, João! Quem será que eles engolem agora?’

-‘Sei lá! Tu não gosta do campeão! Traz um qualquer aí mesmo. Que tal lançar o Bolinha?’

-‘Adoro técnicos cariocas. Também gosto de ex-coxas, estrangeiros iniciantes e até matungos retranqueiros. Mas confesso que agora estou em dúvida…’ – disse Deus.

Bob pensando na escadaria abaixo:

-(Vixe Maria: esqueci minha bandeira, a da ‘ofensividade’. Dane-se. Vô pensar no Santos. Não no Júlio dos, mas no time da Vila. Quem sabe o Cuca vaze, daí eu chego lá, mostro outra bandeira qualquer, os cabras acreditam do mesmo jeito.)

Ao deixar os lençóis de Bob (que fediam baba, de tanto discurso) no corredor, Mariazinha vê alguém abrindo a porta do quarto ao lado:

-‘Seu Edinho! Tá fazendo u quê aqui?’

-‘Ainda não sei direito, cara camareira. Me pediram pra vir e tamos aí.’

-‘Puxa, se fosse ontem eu pedia pro sr. dar uma cotovelada em alguém, pra ver se ele acordava.’

-‘Sem violência, dona. Vamos analisar e decidir. Bom dia.’

Mariazinha volta pro quarto, abre a janela e vê o táxi do Zéti chegando:

-‘Putz, fedeu de vez! Agora vamo seguí o caminho do Paraná…segundo turno trocam pelo Pintado…depois chamam o Gilson, o Lori Sandri e acabam o campeonato com o Paulo Rink…já foi!’ – sentada na cama, escuta um berro e olha pela janela:

-‘Seo Bob, seo Bob! Non esqueça as cueca!’

Boa sorte a todos, se é que isto existe.



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