O fundo do poço chegou
Ser repetitivo é ser chato, inconveniente. Mas prefiro sê-lo, do que ser omisso.
Óbvio que chegaríamos ao fundo do poço com a manutenção de uma política equivocada de administrar o futebol profissional de forma amadora e passional.
Os erros se sucedem – desde Casemiro, Givanildo e Cia, acrescidos de contratações que eu diria – temerárias – para ser ligth – e uma formação de base medíocre – para ser justo.
Somente uma goleada ( fora o chocolate), mais que previsível, para a provocação de uma nova tomada de posição de nossa intocável diretoria.
Subitamente e calçando as sandálias da humildade, os Presidentes Marius Celsus I e João ‘Rolando Lero’ Fleury, vieram a público dar suas versões. Não explicaram os motivos deste novo e costumeiro fracasso, apenas lamentaram e disseram-se tristes e que irão estudar quais mudanças serão necessárias para a retomada do projeto.
Repetindo – desde 2006, o futebol foi posto de lado e os negócios tornaram-se o carro chefe do projeto rubro-negro.Hoje qualquer cabeça de bagre chega ao Atlético (são dezenas – todos na prateleira) não pensando em jogar e ganhar títulos, mas sim arranjar um grande negócio e fazer fortuna. Não há vínculo afetivo nenhum. Compromisso? Nenhum também.
Provavelmente haverá a mudança do comando técnico, já que R.Fernandes provou não ter condições de comandar um time da nossa grandeza, mas também convém perguntar – quem fará :Danilo jogar medianamente?; Nei e M.Azevedo acertarem um só cruzamento?; a formação de um meio de campo que consiga trocar, pelo menos, três passes sem errar? fará com que Ferreira volte a ser o jogador que admirávamos? que arranjará um goleador verdadeiro e não estes bondes que aí estão?
É preciso também discutir a utilidade dos cientistas do CT. Muito se fala, mas os resultados práticos não são visíveis. O Departamento Médico está na berlinda. É muita gente em longa recuperação sem que saiba quais problemas ocorreram. Enfim, para nossa desilusão, uma só constatação – o fundo do poço chegou.