Ser atleticano, no nosso maravilhoso Paraná é, antes de mais nada, pertencer a uma mesma família. O atleticano é assim mesmo, pois, pessoalmente, já presenciei situações nas quais o contraste extremo entre duas pessoas era iminente, mas, de repente, por qualquer motivo, ficaram ambas sabendo que torciam para o nosso vermelho e preto. Pronto: como que por encanto, acabaram as divergências, o rancor e a briga, que até então era inevitável, transformou-se em recíprocos abraços e gentilezas. Alguém já me contou que, inclusive em abordagens violentas de ‘amigos do alheio’, após saber das preferências clubísticas do agredido, o agressor acaba desistindo da empresa. Isso pode ser incrível, mas, pessoalmente, não duvido que aconteça, tamanho é o amor e o respeito que nossos torcedores devotam ao Clube Atlético Paranaense. Somos assim mesmo, pois a nossa paixão pelo CAP, como torcedores, é incondicional. Diante do contexto atual, queridos irmãos, que tal transformarmos todas essas nossas revolta, mágoa e tristeza em força conjunta para evitarmos a catástrofe maior que, para muitos, já é certa? Nem mais vamos discutir ou divergir sobre a qualidade do elenco, sobre a competência do técnico ou sobre a eficiência da diretoria; pois isso não nos vai levar a nada, a não ser para a seara da 2a. Divisão. Vamos, isso sim, perguntar a eles todos o que devemos fazer -além do que já estamos fazendo-, enquanto torcedores, para reverter esse quase inevitável destino. Quando o Pontes de Paiva falou em ‘mobilização’ para evitar o desastre, certamente ele não estava brincando. Vejam: nos últimos anos, infelizmente, a torcida tem jogado muito mais que os elencos que montamos para disputar campeonatos e torneios; aliás, convenhamos, não fosse a torcida, já estaríamos na 2a. Divisão há muito tempo. Desta feita, não será diferente. A pergunta que devemos todos fazer a eles neste momento, diante das circunstâncias,pois, é somente uma: além do que já estamos fazendo, o que mais vocês querem que façamos? Respondam-nos, pois, com urgência.