Raça ante à ironia
O momento é de se colocar a raça acima da sorte, é a hora de achar lindo bico pro gol e nada além disso. Nos dois últimos anos que se passaram abreviamos o sofrimento atual ao contarmos com a sorte, que nos presenteou com um time que se unia da metade do campeonato pra frente e saía do sufoco, esta sorte vinha antes de se constituir o pânico tal qual este que nos ocupa nesta data.
A torcida tem feito de maneira esplêndida a parte dela, e nesta última partida diante do Fluminense o que se viu foi o inverso do que outrora nos acompanhava, fomos tomados por um grande azar!
Não vamos nos apegar ao fato de que o time, por si só, é a grande causa desse azar, mas um azar europeu, criado em laboratório, com direito a PhD e tudo! Vamos nos apegar ao fato que apesar dos grandes e perebas pesares que estavam em campo de rubro-negro torcendo pelo tricolor carioca, ontem nos vimos diante do azar, aquele azar que fica procurando o escolhido pra ir pro fundo da tabela. O azar não tira a obviedade que a falta de vontade de alguns de nossos jogadores expôe claramente em campo, porém coloca em dúvida que o revoltado e bocudo Rafael Moura possa ter colocado a mão na bola apenas porque acreditou ser um copo de plástico vindo da torcida, coisa que qualquer jogador dentro da área está predisposto a pensar… não? Ou mesmo que nossos 3 jogadores, que deveriam marcar o Washington, discutiam sobre o tenebroso período econômico que a crise mundial atravessa e Washington, indiferente a este papo cabeça porém bastante pertinente ao local que se encontrava, sem opção de escolha acabou deixando a bola bater nele para entrar e efetivar o hat trick.
Azar, tenebroso azar, que toma conta do nosso atual momento, mas em breve ele irá se esvair e nosso time deixará de estar sob as desventuras que o azar proporciona trazendo à tona o brilho do belo futebol arte que estamos acostumados a ver nesses 3 últimos anos de belas contratações e um pensamento direcionado ao futebol de um -obviamente- clube de futebol!!
Ah que bom seria! Se a verdade não fosse a própria ironia!