Chega de choradeira
Culpa de fulano, de sicrano, Fleury, Petraglia, sei lá o que aconteceu.
O fato é que o Atlético está nessa situação por um conjunto de falhas que já foram debatidas aqui incansavelmente.
Erro de planejamento, contratações mal feitas, talvez o Atlético não tenha aconpanhado o difícil mercado da bola e por algum tempo estagnou-se.
Todos sabemos da dificuldade dos clubes em manter seus melhores jogadores, pois sem a venda destes os clubes tornam-se praticamente inadimistráveis.
Hoje se tornou muito fácil culpar o Petraglia por tudo o que acontece dentro do furacão, afinal é ele quem dita o ritimo da música pelas bandas do Cajú.
Só não concordo com o bombardeio, nem com aqueles que querem a todo o custo a sua saída do rubro-negro. Dizem que o Geninho não tem culpa e até acho que não tem mesmo, pois este elenco sequer chega aos pés do que foi campeão brasileiro sob seu comando.
Mas, é nessa hora que se tem que tirar leite de pedra, assim como fez o Petraglia quando estavamos sem rumo na vida, na segundona e sem nenhuma perspectiva de vida pela frente.
Não concordo que se cruscifique uma pessoa que fez tanto pelo Atlético. Atirar pedra é fácil, pois o ser humano é por sua natureza crítico e quando a coisa vai mal então sai de baixo.
O que muitos não veem é que o Geninho só é ídolo por aqui, porque toda a condição foi dada para que ele executasse um bom trabalho. Ele teve o que muitos técnicos antes não tiveram, a Arena, o CT e todo o aparato necessário para chegar ao título brasileiro de 2001. Como se diz, estava no lugar certo na hora certa.
Tudo isso nós só pudemos viver, graças a maravilhosa estrutura que foi proporcionada ao furacão com grande parcela de dedicação e amor pelo furacão do Sr Mário Celso Petraglia.
Não estou querendo aqui com este meu texto, isentá-lo de culpa pelo que está acontecendo com o Atlético. Aliás, acho que realmente é o maior culpado por ter centralizado em sua pessoa todas as decisões pertinentes ao clube.
Agora, é preciso que sejamos justos e principalmente solidários para com o clube e também porque não dizer, com MCP. Tenho absoluta certeza de que está sofrendo tanto quanto a gente e acho que ninguém está acima do bem e do mal, ao ponto de nunca ter cometido falhas em sua vida.
Petraglia foi ingênuo achando que poderia comandar tudo sozinho. Talvez, ainda quando éramos um time de segunda divisão e sem a menor expressão dentro do futebol nacional até pudesse mesmo. Só que o Atlético tornou-se um gigante e ele equivocou-se, pois na vida ninguém faz nada sem a ajuda de outras pessoas, uma andorinha só não faz verão.
Acho que não se fazem mais necessárias as críticas. Nada do que falarmos de negativo irá nos ajudar daqui para frente.
Temos que sair dessa situação e se por acaso não saírmos, não deixarei de ser atleticano por isso. Não irei cancelar o meu plano de sócio, da minha filha, da minha esposa. Não irei falar para os mais de 20 torcedores que se associaram por minha única e exclusiva culpa, para que cancelem seus planos em forma de protesto.
O Atlético precisa de nós e eu jamais o abandonarei. Assim como jamais deixarei de dar crédito para aqueles que mesmo errando fizeram tanto por um clube que a bem pouco tempo atrás sonhara em disputar e principalmente ganhar qualquer titulo importante, tendo que se contar em ganhar um paranaensezinho a cada dez anos, nos pinheirões e chiqueirões da vida.