Washington
Levamos três gols do Fluminense, em casa… confronto direto pela sobrevivência na Série A do futebol nacional. Três gols de Washington.
Washington. Em nosso país nome. Em terras de colonização britânica sobrenome. Sobrenome do General que conduziu as tropas americanas à vitória na guerra pela independência. Sobrenome de quem se tornou o primeiro Presidente norte-americano.
Reza a lenda (e a história é repleta delas), que ao fim de seu segundo mandato como Presidente foi proposto a George Washington que concorresse ao cargo pela terceira vez, tendo o mesmo respondido que era hora de deixar o poder e que sua contribuição para o país estava dada. Daí surgiu a norma que veda o terceiro mandato nos Estados Unidos.
Isso diferencia um governante de um ditador. Diferencia alguém que faz parte de um todo, de alguém que toma para si toda uma instituição.
Nosso clube não é mais nosso. Fomos reduzidos à massa de manobra, sendo-nos reservado apenas o direito de assistir a uma verdadeira dança das cadeiras do Petraglia e seus comparsas.
Não nego, nem nunca neguei a importância do Petraglia para o crescimento de nosso clube. Ele fez muito pelo Atlético. Mas já há muito tempo se perdeu em meio ao poder. Há Atlético sem Petraglia e isso não é aceito pelo nosso Imperador.
A verdade é uma: 13 anos é muito tempo. É hora de mudança. De novas idéias.
Estou conformado com o rebaixamento. Não é pessimismo é realismo. No mais, é onde merecemos estar, pelo que demonstramos em campo.
Embora não ache a segunda divisão a melhor das situações, também não a considero o fim do mundo.
Apenas me questiono: Haverá alternância no poder? Haverá renovação? Ou nos restará assistir uma nova dança das cadeiras?