Assisti ao jogo com o Inter na TV, como sempre faço, quando passa.
Não perco um jogo do Atlético.
Nunca deixei de ir ao estádio.
Já vi e vivi crises piores do que estas, com o meu querido Atlético, nos anos 60, 70 e 80…como era difícil, mas a dificuldade aumentava a nossa paixão pelo nosso rubro-negro. Sempre e cada vez mais.
Adio viagens, fujo de reuniões de família, desmarco reuniões, cancelo festas, faço de tudo para estar sempre ao lado do meu Atlético.
Às vezes, nem tem como, por viagem ou doença grave. Mas, mesmo no hospital, dei um jeito de ver na TV ou de ouvir no rádio…
Torço, torço, torço sempre pelo meu time do coração e não desanimo nunca.
Fico triste, como todos.
Fico brabo, como muitos.
Mas nunca deixei de apoiar, como alguns estão começando a fazer – desiludidos.
Não, não critico a eles.
Cada um reage de uma forma à adversidade, à dificuldade, à tristeza ou à raiva mesmo.
Uns preferem se afastar, para não sofrer.
Outros, vão para o confronto aberto, para a crítica dura, para a agressividade.
Outros ficam passivos.Ou fogem do assunto, ou do problema. Deletam.
Tentam esquecer, para não sofrer.
Eu e mais muita gente preferimos continuar acreditando e torcendo, mesmo que sofrendo, pelo nosso Atlético, de ontem, de hoje e do amanhã.
Não há mal que sempre dure, nem tempestade que não acabe.
Vamos torcer, o mais que pudermos, para que a tempestade passe e para que o sol dos muitos gols nossos se faça presente, logo, na nossa vida. Se possível, já no sábado, na nossa Arena rubro-negra.
Sem vaias, sem ofensas, sem xingamentos, só com amor no coração e o grito na garganta, em favor do nosso Atlético.
Perder, ficar aborrecido, triste com o Atlético? Não é inédito.
Inédito foi sermos campeões do Brasil, vices do Brasileiro e da Libertadores, há tão pouco tempo.
Inédito é termos um estádio como a Arena e um centro de treinamentos como o CT do Caju.
Inédito é termos uma estrutura e uma marca forte, como temos.
Inédito é chorar, sem parar.
Inédito é desanimar, jogar a toalha.
Inédito é desistir e fugir da luta.
Ânimo! Força! Vontade! Apoio!
Ainda podemos sair dessa.
Com a nossa força, pois só dependemos de nós.
E nos nossos jogadores, sob o comando mágico do Geninho.